terça-feira, 20 de agosto de 2013

Magnata saudita processa a Forbes por estimar sua fortuna em 10 bilhões de dólares a menos

Desde certa perspectiva a pobreza e a riqueza são igualmente intoleráveis e, cada uma a sua maneira, igualmente obscenas


Se é surpreendente que tenha pessoas que sobrevivem em condições paupérrimas, abaixo das condições que se considerariam mínimas, não o é menos que outros tantos contem para si com recursos econômicos excessivos, como o príncipe árabe Al-Waleed bin Talal bin Abdul Aziz Al-Saud que considerou ofensivo que a Forbes tenha estimado sua fortuna a menos.

Somente um sistema econômico baseado no lucro permitiria o paralelo onde uma pessoa vive com menos de 1 dólar ao dia, enquanto outros podem gastar 1 milhão de dólares nesse mesmo dia sem arranhar sua fortuna. Lamentavelmente, dita obscenidade se expressa também em gestos de ostentação e celebração ofensiva da riqueza. Não faz muito tempo um milionário russo, por exemplo, lançou cédulas desde a janela de seu escritório só para ver como as pessoas digladiavam por elas. Agora um magnata saudita processou a conhecida publicação Forbes por estimar sua fortuna em menos do que segundo ela realmente vale.

De acordo com a lista das pessoas mais ricas do mundo publicada anualmente pela revista, Al-Waleed bin Talal ocupa a posição número 26 com 20 bilhões de dólares que possui em investimentos. No entanto, o príncipe considerou equivocada esta cifra e assegura que sua riqueza beira os 30 bilhões de dólares, uma diferença suficientemente importante como para demandar a revista na Inglaterra.

Al-Waleed bin Talal empreendeu o litígio porque acredita que é vítima de discriminação, de bullying internacional, por sua condição de ter nascido na Arábia Saudita e porque segundo ele existe uma campanha mediática para conseguir que o país permita a abertura de cassinos. No entanto, parece que a demanda tem poucas probabilidades de prosperar, pois não existem provas sólidas para sustentar que a reputação ou os investimentos do príncipe tenham sofrido algum "dano sério".

O dinheiro de Al-Waleed bin Talal está distribuído por diversas empresas, entre as quais se encontram a Apple, Twitter e a News Corporation do famigerado Ruppert Murdoch. E quanto aos luxos que se permite, destaca uma das modificações que fez em seu Boeing 747: um trono de ouro no centro do avião que ocupa sempre que viaja na aeronave. Fonte: Gawker [mdig]

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