Quando seu(sua) parceiro(a) demonstra interesse por outra pessoa, é de se esperar que você se incomode com a mera presença do(a) “rival”
Na contramão do senso comum, porém, um estudo recente mostrou que, de alguma maneira, o ciúme pode fazer com que você se enxergue como se fosse mais parecido com o(a) rival do que na realidade é – uma mudança que normalmente ocorre em relação a alguém de quem você gosta.
No estudo, 144 participantes “comprometidos” responderam a um questionário sobre seus próprios atributos. Em seguida, os pesquisadores pediram que eles imaginassem alguns cenários em que o(a) parceiro(a) notaria a presença de outra pessoa. Em algumas dessas situações hipotéticas, por exemplo, o(a) parceiro(a) demonstraria interesse na outra pessoa.
Feito isso, os participantes disseram o nível de ciúme que sentiriam em cada situação e leram uma descrição da personalidade do(a) “rival” – o texto, vale dizer, sempre continha um traço de personalidade que o participante não tinha. Por fim, cada participante tinha que se reavaliar.
Resultado: a segunda avaliação continha atributos do(a) “rival” que não estavam na primeira. “Indivíduos que achavam que seu(sua) parceiro(a) estava interessado(a) em alguém atlético ou inclinado a gostar de música se descreveram mais como atléticos ou inclinados a gostar de música, no final do estudo”, explica a pesquisadora Erica Slotter. Para garantir que os participantes não estavam alterando deliberadamente a avaliação, os autores mediram o tempo que levavam para responder. As respostas, destaca Slotter, foram sinceras.
Agora, a equipe pretende analisar se o ciúme pode provocar mudanças de comportamento, e não apenas de autoimagem, e que tipo de impacto isso pode ter na saúde e bem-estar da pessoa. [Medical Xpress, Personality and Social Psychology Bulletin] [Hypescience]
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