quarta-feira, 20 de março de 2013

Os Ianques assassinos versus pacíficos Tupiniquins

As mortes por arma de fogo ocupam a primeira posição no ranking de mortes violentas no Brasil. O trânsito aparece em segundo lugar 

Por Bene Barbosa*

Levando-se em conta de que a arma de fogo causa homicídios da mesma forma que o mosquito Aedes Aegypti causa a dengue - teoria esta abandonada até mesmo pela ONU, diga-se de passagem -, comparei um estado "ianque" e um estado "tupiniquim", Utah e Alagoas, respectivamente.

Ambos os estados possuem aproximadamente três milhões de habitantes. Utah é um dos mais armados dos EUA, com quase 2,5 milhões de armas, ou seja, praticamente uma arma para cada morador. Alagoas é um dos estados mais desarmados do Brasil, com apenas 9.558 registradas, de acordo com informações da Polícia Federal, ou seja, 0,003186 arma por habitante (ou uma arma para cada 300 habitantes).

O porte de armas em Alagoas é proibido, como em todo o Brasil, e a Polícia Federal não informa quantos portes há nesse estado. Em Utah, o porte de arma, isto é, a permissão para que o cidadão ande armado, é do tipo "Shall-Issue", que consiste na permissão de porte desde que o cidadão apresente certas prerrogativas, como, por exemplo, idade mínima, comprovante de residência, tenha um curso preparatório para o uso de armas, dentre outros. Porém, uma vez que o cidadão se enquadre nestes requisitos, obrigatoriamente o órgão policial é obrigado a expedir o porte de arma. Lá, diferente daqui, não existe a temerária discricionariedade, que coloca o cidadão ao jugo dos humores das autoridades. 

Pois bem. Em todo ano de 2010 – últimos dados disponíveis pelo FBI –, Utah registrou 53 homicídios. Alagoas, terra de desarmamentistas como Renan Calheiros, registrou em 2010 a assustadora soma 2.084 homicídios! Enquanto os "ianques belicistas" de Utah possuem a taxa de 1,8 homicídios por 100 mil habitantes, os "pacifistas tupiniquins" de Alagoas engolem a taxa de 66,8 por 100 mil habitantes. Os "belicistas" matam 40 vezes menos que os "pacifistas". Maceió em 2010 tinha uma taxa de 109 homicídios para cada 100 mil.

Uma vez provado, com dados e fatos, que armas não significam crimes, gostaria apenas de frisar que o termo "ianque" é tão depreciativo quanto o "tupiniquim" aqui utilizado. Não, os brasileiros não são assassinos natos, não são violentos propensos ao homicídio e barbárie. A diferença é que lá quem é punido é quem comete o crime, e não sua vítima, como acontece no Brasil, onde se desarma o cidadão e os criminosos podem agir com segurança, invadindo casas, roubando, estuprando e, quando lhes dá vontade, matando sem piedade.

*Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em segurança e presidente do Movimento Viva Brasil – http://www.mvb.org.br/

Digo eu

Amigos. Quero deixar claro que sou contra armas de fogo e jamais compraria uma arma, mas concordo com o artigo quando diz que arma não é como mosquito que sai voando para matar pessoas. Armas não matam, pessoas matam.
Exibindo um enorme fascínio para a violência, o homem e a civilização inventaram mais formas de tirar a vida humana do que qualquer outra função necessária à sua sobrevivência.
Há mais maneiras de matar um homem do que fazer pão ou de fazer amor.
O homem foi além da imaginação na capacidade de destruir a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário