terça-feira, 26 de março de 2013

Top 10 pessoas mais inteligentes da atualidade

A "inteligência" é um conceito que necessita de relatividade

Para começar teríamos que refletir sobre os critérios que definem este conceito, que por sua vez, está intimamente ligados ao mapa cultural e aos padrões psicossociais, a partir dos quais entendemos nossa realidade imediata. E como esses critérios são inevitavelmente subjetivos, poderíamos afirmar que a inteligência é, até certo ponto, um conceito arbitrário.

Apesar da relatividade do termo, há, pelo menos, um par de séculos a ciência obstinou-se em construir sistemas ou testes que permitam determinar o nível de inteligência de uma pessoa. Em 2012 completaram-se cem anos da primeira aplicação de um exame de QI, realizado pelo psicólogo alemão William Stern. E conquanto ditos testes vem sendo melhorados ao longo das últimas décadas, por serem constantemente questionados, a verdade é que o famoso teste de QI - que consiste em multiplicar por 100 o resultado da divisão da idade mental pela cronológica - se consolidou como uma referência para determinar quão inteligente é uma pessoa.

De acordo com a escala de Quociente Intelectual, 50% da população mundial oscila entre 90 e 110 pontos, enquanto apenas o 2,5% supera os 120, e apenas 0,5% atinge a fronteira dos 140. A partir deste modelo de medida, mas também levando em conta o sucesso social, a organização Super Scholar deu-se à tarefa de escolher às dez pessoas mais inteligentes, com vida, do planeta. 

Stephen Hawking (160)
O popular físico e autor de sete livros "best-sellers", não apenas possui um QI de 160, senão que recebeu mais de 14 prestigiadas distinções a seus méritos acadêmicos e de pesquisa.

Paul Allen (170)


Co-fundador de Microsoft, Allen preferiu deixar Gates sob a luz dos holofotes e com a maior parte do bolo e se dedicou a fundar inovadores projetos e organizações (entre elas Dance Safe, e o SETI). Com mais de 14 bilhões de dólares em sua conta e um QI de 170, Allen tem um lugar privilegiado nesta lista.

Sir Andrew Wiles (170)


Um dos matemáticos mais prestigiados do planeta, aproveitou seus 170 pontos de QI para resolver o "Último Teorema de Fermat" considerado como o problema matemático mais complexo da história (que causou dor de cabeça durante 358 anos a centenas de cientistas que tentaram resolvê-lo).

Judit Polgar (170)
A única representante do gênero feminino neste ranking, Polgar venceu o famoso Bobby Fisher no xadrez, com apenas 15 anos de idade. Seu QI é de 170.

James Woods (180)
Com 180 de QI, Woods indeferiu o mundo acadêmico para desempenhar como ator de Hollywood e participar de filmes como 'Casino' (1994), 'Nixon' (1995) e 'Chaplin' (1992).

Garry Kasparov (192)
O mais jovem campeão mundial de xadrez, ao ganhar o título com apenas 20 anos, Kasparov tem um QI de 192.

Rick Rosner (192)
Sem dúvida o mais peculiar da lista, este roteirista de televisão tem um QI de 192, mas entre seus trabalhos passados incluem o de stripper, garçom e porteiro de zona.

Kim Ung-Yong (210)
Poucas vezes o termo "menino prodígio" esteve melhor aplicado do que no caso de Ung-Yong: aos dois anos dominava quatro idiomas, aos quatro já frequentava a universidade e aos oito foi contratado pela NASA. Com 210 pontos de QI é o recordista do Guinness com o Quociente Intelectual mais alto apesar de não sê-lo (coisas do Guinness).

Christopher Hirata (225)

Outro menino prodígio. Aos 14 anos já cursava sua carreira na Caltech, enquanto aos 16 era já um cotado pesquisador na NASA e aos 22 recebeu seu doutorado em astrofísica pela Universidade de Princeton.

Terence Tao (230)

Aos dois anos já manejava a matemática básica, aos nove já cursava a universidade e aos 20 se graduava como doutor em física em Princeton. Ostenta uma espetacular pontuação QI de 230.




Cientistas desmistificam o conceito de QI: não existe um elemento que quantifique a inteligência humana 

Após analisar dados de milhares de pessoas, um grupo de cientistas conclui que não existe um elemento que quantifique, por si só, a inteligência humana, que é multifatorial. O conceito de QI - quociente intelectual - é, paradoxalmente, um dos mais elogiados e ao mesmo tempo mais questionados. Um termo que supostamente reduziu a inteligência humana a uma escala quantificável e que, por isto mesmo, é considerada insuficiente e inclusive injusta na medida em que pretende padronizar uma das qualidades mais heterogêneas e proteicas do ser humano.


Recentemente um grupo de cientistas realizou um estudo, publicado na revista Neuron onde concluíram que, efetivamente, a inteligência não pode ser medida a partir de um teste de QI e os exames associados a este. Adrian M. Owen, Adam Hampshire e Roger Highfield lançaram uma convocação aberta pela Internet para que voluntários resolvessem 12 exames cognitivos disponíveis on-line, os quais analisavam a memória, o razoamento, a atenção e a habilidade de planejamento voluntário. Paralelamente, deviam responder uma pesquisa sobre seu estilo de vida e seus hábitos.

Para a surpresa dos pesquisadores, milhares de pessoas de todas as idades, culturas e credos responderam ao chamado, com os qual os cientistas tiveram a sua disposição muito mais dados dos que esperavam inicialmente.

Com esta informação em mãos, Owen e companhia descobriram que na ampla classe de habilidades cognitivas exploradas, não há nenhum componente que reflita por si só a inteligência de uma pessoa, isto é, esta se explica por meio da combinação de diversos elementos, entre os quais ao menos três são imprescindíveis: a memória em curto prazo, o razoamento e o componente verbal, mas igualmente devem ser levados em conta fatores como a idade, o gênero ou alguns circunstanciais como o gosto pelos videogames ou o hábito do tabagismo, que também influem no funcionamento cerebral. Os game maníacos parecem ter melhor razoamento e memória em curto prazo, e os fumantes uma capacidade verbal e mnemônica diminuídas.

Os testes de QI foram objeto de críticas desde a sua criação no início do século XX. Para seus detratores, os testes de inteligência eram considerados algo como o Esquadrão da Morte Psicológico, que buscava um poder sem paralelo sobre o futuro de uma criança. O maior deles, o jornalista Walter Lippmann, dizia odiar a insolência que existia por trás da afirmação de que cinquenta minutos poderiam julgar e determinar a aptidão predestinada de um ser humano para toda a vida.

- "Odeio esta sensação de superioridade que ela cria, e a sensação de inferioridade que ela impõe". Lippmann e Lewis Terman discutiram tanto o mérito do teste que só faltou que chegassem as vias de fato.

Agora, cem anos depois, a tão respeitada ideia de QI parece que não sobreviverá por muito tempo nos esforços por hierarquizar as pessoas de acordo com sua inteligência. Ao menos não somente desta maneira. [Mdig]

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