Uma criança selvagem é um ser humano que viveu longe de pessoas desde uma idade muito tenra e tem pouca ou nenhuma experiência do cuidado humano, do comportamento amoroso ou social, e, consequentemente, da linguagem humana
Aqui, 5 casos recentes e documentados de crianças feras.
O caso de Natasha aconteceu na cidade russa de Chita, em 2009. Natasha é uma menina de apenas 5 anos que viveu trancada num cômodo, sem praticamente nenhum contato com o ser humano. Ela ficava junto com cães, gatos e sem nenhum tipo de aquecimento ou higiene. Quando foi encontrada, a menina não sabia falar. Apenas latia e rosnava, pulando nas pessoas em uma busca desesperada por atenção, como apenas os cães fazem.
A jovem havia sido raptada do colo da mãe ainda bebê pelo próprio pai, que a escondeu numa casa caindo aos pedaços, cheia de lixo e sem nenhuma condição de habitação. O homem trancou a menina no cômodo e chegou a lutar com a polícia, quando anos depois do sequestro, os oficiais chegaram no cativeiro para resgatar a criança. O pai dela foi preso, mas já está solto, aguardando julgamento.
2. Lyokha
Encontrado em dezembro de 2007 numa floresta de Kalunga, na Rússia, em companhia de uma família de lobos, o jovem russo foi conduzido a um hospital, onde foi cuidado, teve suas enormes unhas cortadas e recebeu banho e tratamento médico. O jovem agia como um lobo, mordendo e grunhindo, andava de quatro e não falava, apenas grunhia.
O jovem Lyokha aproveitou-se de um descuido e conseguiu fugir do prédio de volta para a floresta, onde nunca mais foi visto. Acredita-se que ele ainda esteja em companhia da família de lobos.
3. Oxana Malaya
Por cinco anos, Oxana Malaya viveu entre animais, comendo alimentos crus e restos encontrados nas vizinhanças dos vilarejos. Os pais, alcoólatras, abandonaram a menina aos três anos de idade e desde então ela foi adotada por uma matilha de cães. Isso aconteceu no vilarejo Navaya Blagoveschenka, na Ucrânia.
Cinco anos depois, em 1991, um cidadão informou às autoridades locais o avistamento de uma criança vivendo entre os cães. Ela foi resgatada: tinha oito anos na ocasião. Seu comportamento era totalmente canino: andava de quatro, latia, rosnava, bebia água diretamente das fontes e quando se molhava, sacudia o corpo inteiro tal como fazem os cachorros.
Recolhida a um orfanato, ali foi ensinada a andar em postura ereta, comer com as mãos e falar. Aliás, Oxana nunca desaprendeu completamente o pouco da linguagem humana que havia aprendido na primeira infância; entretanto, apesar do esforço dos professores, ela jamais recuperou a condição a humana e apresenta, recorrentemente, comportamento animal.
4. Rochom P'ngieng
Em 1989, com a idade de oito anos, Rochom P'ngieng desapareceu na selva do Camboja e ficou longe de sua família durante 18 anos. Quando reapareceu em 2007, ficou no centro de um circo midiático. Ela andava de quatro, não falava e não queria usar roupas. ONGs e jornalistas, todavia, afirmam que a mulher não viveu em estado selvagem por 18 anos, e sim que ela viveu em cativeiro e foi vítima de abusos, antes de fugir e ser acolhida por uma família que acreditava que ela era sua filha desaparecida.
5. John Ssebunya
Acredita-se que ele tenha fugido de casa bem pequeno, quando tinha por volta de 3 anos de idade, depois de ter testemunhado seu pai assassinando sua mãe. Ele foi encontrado, em 1991, por uma mulher chamada Millie, integrante de uma tribo de Uganda.
Quando foi visto pela primeira vez, Ssebunya estava escondido em uma árvore. Millie voltou para o vilarejo onde vivia e pediu ajuda para resgatá-lo. Ssebunya não apenas resistiu como também foi defendido por sua família adotiva de macacos. Quando foi capturado, seu corpo estava recoberto por ferimentos e seus intestinos infestados por vermes.
No começo, Ssebunya não sabia falar e nem chorar. Depois, ele não apenas aprendeu a se comunicar como, também, aprendeu a cantar e tomou parte em um coral infantil chamado Pearl Of Africa ("Pérola da África"). Ssebunya foi tema de um documentário produzido pela rede BBC, exibido em 1999. [ObvioRelativo]
Nenhum comentário:
Postar um comentário