sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Kim Jong-un manda executar tio por traição à pátria

O tio do ditador, que foi seu mentor, ainda foi acusado de corrupção e de levar uma
vida "depravada" 

O tio do ditador Kim Jong-un, Jang Song-thaek, 67 anos, considerado a segunda autoridade mais poderosa do país até tempos atrás, foi executado, segundo confirmou nesta quinta-feira (12) a mídia estatal da Coreia do Norte. Ele caiu em desgraça ao tentar tomar o poder no país.

Tio apoiou ditador no início de seu governo 
Segundo a agência KCNA, Jang foi julgado por um tribunal militar especial e considerado culpado pelo crime de traição. "O acusado agrupou forças indesejáveis em uma facção, da qual era o chefe, e cometeu o hediondo crime de tentar derrubar o governo", diz a nota.

O tio do ditador ainda foi acusado de corrupção e de levar uma vida "depravada". Ele teria usado drogas e viajado pelo exterior visitando cassinos, além de ter "relações impróprias" com mulheres.

Até então, Jang era o vice-presidente da Comissão de Defesa Nacional, órgão mais poderoso do país, e marido de Kim Kyong-hui, irmã de Kim Jong-il, que morreu em 2012 e foi sucedido pelo filho. Por décadas, Jang foi um nome central na ditadura comunista. Ele ajudou o sobrinho, e o apoio, quando este assumiu a liderança da Coreia do norte.

A execução aconteceu menos de uma semana após Jang Song-thaek ser destituído dos seus cargos no Partido Comunista da Coreia do Norte. Para analistas, a execução do tio é a medida mais drástica tomada pelo ditador e busca reforçar seu poder no país. O temor da vizinha COreia do Sul é de que a execução de Jang contribua para mais instabilidade na área.

Em agosto, o ditador já havia ordenado a execução de uma ex-namorada. A cantora Hyon Song-wol foi executada junto a um grupo de músicos acusados de gravar e vender pornografia. 

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