Um motivo seria o baixo custo de uma aposta – “gaste pouco e ganhe muito” é uma ideia atrativa
Algumas apostas, junto com uma dose cavalar de sorte, podem lhe ajudar a pagar todas as suas contas e se sustentar por anos sem ter que trabalhar. É claro que as chances de isso acontecer são (como você lerá a seguir) minúsculas, mas isso não impede milhões de pessoas de jogar na loteria.
De acordo com o professor de estatística Jorge Oishi, da Universidade Federal de São Carlos, as chances de alguém ganhar a Mega-Sena da Virada (R$ 244 milhões) sorteada no final de 2012 eram de uma em 50 milhões, número não muito diferente dos que podemos esperar em sorteios similares.
Em termos de probabilidade, há mais chances de você ser atingido por um raio (uma em 3 milhões), ser atacado por um tubarão (uma em 11,5 milhões) ou morrer por causa de uma picada de abelha (uma em 6,1 milhões). Por que gostamos de apostar mesmo assim?
Fé no bilhete
Os pesquisadores Stephen Goldbart e Joan DiFuria, em artigo publicado na revista Psychology Today, apontam pelo menos duas razões por trás do sucesso das loterias: a vontade de fazer parte da “maioria” e a busca pela sensação de ter menos responsabilidade (uma grande fortuna poderia aliviar muitas preocupações, certo?).
Outro motivo seria o baixo custo de uma aposta – “gaste pouco e ganhe muito” é uma ideia atrativa. De acordo com estudo realizado em 2008 por pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon (EUA), as pessoas em geral preferem focar no custo-benefício de apostas individuais ao invés de observar o valor investido em diversas apostas ao longo dos anos.
“Isto tem uma função psicológica para as pessoas”, sugere George Loewenstein, um dos autores. “Nosso prazer de viver não se baseia apenas em nossa situação atual, mas no que poderia ser, no que imaginamos que nossa situação pode se tornar”.[G1, CNN, Psychology Today, Journal of Behavioral Decision Making]
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