sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Preparando-se para o apocalipse: Silo Global de Sementes

Um projeto megalômano, popularmente conhecido como "Silo do fim do Mundo", é o maior armazém de sementes do mundo

Muito provavelmente você já deve ter visto algumas destas fotos na rede. Trata-se do Silo Global de Sementes da Esvalbarda (em inglês Svalbard Global Seed Vaul), que está situado próximo de Longyearbyen no arquipélago norueguês de Esvalbarda. Este projeto megalômano, popularmente conhecido como "Silo do fim do Mundo", é o maior armazém de sementes do mundo, criado para salvaguardar a biodiversidade das espécies de cultivos que servem como alimento.

O silo foi construído no Monte Spitsei a 120 metros de profundidade na pedra de arenito, a 1.000 km ao norte da Noruega continental, e foi escolhido por ser um lugar a salvo das possíveis alterações climáticas causadas pelo aquecimento global. As obras começaram em março de 2007 e foi inaugurado em 26 de fevereiro de 2008, com 100 milhões de sementes procedentes de uma centena de países de todo mundo, Brasil no meio. 

Em março de 2013, o número de amostras distintas superava os 800 mil.

Embora a imprensa popular retrate o silo como uma forma de proporcionar refúgio para as sementes no caso de uma grande catástrofe global, suas 3 divisões de armazéns, que têm capacidade para 2 bilhões de sementes, só serão utilizadas quando os bancos genéticos perderem amostras devido à má gestão, acidentes, falhas de equipamentos, cortes de financiamento e desastres naturais. 

Existem alguns bancos de sementes em todo o mundo, mas muitos estão em países politicamente instáveis ou ambientalmente ameaçados.

A construção do Silo Global de Sementes, que custou aproximadamente 9 milhões de dólares, foi financiada inteiramente pelo governo norueguês. Os custos operacionais serão pagos pela Global Crop Diversity Trust e os principais financiadores da iniciativa são diversas fundações e países, como a Fundação Bill e Melinda Gates (mais de 20 milhões de dólares), Reino Unido (19 milhões), Austrália (11 milhões), etc.

Para manter a segurança, sensores de movimento e uma webcam monitoram a única porta de entrada. A torre de controle no aeroporto local tem uma vista direta para o local, que é mantido bem iluminado durante os escuros meses de inverno. [Mdig]






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