De olho nesse filão, empresas estão investindo
em produtos que dão suporte
aos idosos que vivem sós
É a chamada tele assistência, por meio da qual centrais que funcionam 24 horas monitoram o idoso dentro e fora de casa.
Augusto Sonesso é um dos usuários dessas tecnologias. Tem uma pulseira com identificação e alarme e já precisou de ajuda duas vezes, quando sofreu queda de pressão e desmaiou. "Isso me deixa mais mais seguro de viver sozinho", diz ele.
O filho, Eduardo, e a nora, Maria Teresa, moram na Granja Viana, a 20 km do apartamento onde Sonesso vive, no Paraíso (zona sul).
"Em uma emergência, não dá tempo de chegar. Ficamos mais tranquilos sabendo que, se acontecer algo, a empresa nos avisa imediatamente e providencia socorro rápido", afirma Maria Teresa.
Serviços Públicos
Mas, segundo os especialistas, há muitos idosos vivendo sozinhos, sem amparo da família e sem condições de bancar assistência privada.
Alguns municípios começam a se organizar para oferecer serviços públicos de tele assistência. A cidade de Joinville (SC), por exemplo, já implantou um e Santos desenvolve um projeto piloto.
"Com o envelhecimento da população, esse tipo de assistência será fundamental. O poder público precisa se organizar para isso, como já fizeram países como Portugal e Inglaterra", diz Kalache.
Em São Paulo, há um projeto da prefeitura de oferecer tele assistência a 10 mil residências onde moraram idosos sozinhos ou que ficam muito tempo a sós porque os filhos trabalham fora.
A proposta, segundo Marília Berzins, autora do projeto, é priorizar idosos acima de 70 anos, com pelo menos três doenças crônicas, como diabetes e cardiopatias.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde, há um processo de abertura de licitação em andamento para a contratação do serviço em 2014.
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