Um comunicado da Nissan nesta segunda-feira, pós-decisão do STJD, colocou mais lenha no debate sobre a involução do futebol brasileiro
A fabricante de automóveis Nissan decidiu retirar o patrocínio ao Vasco. Na nota, a montadora justifica o ato pelas cenas de selvageria proporcionadas pelos torcedores vascaínos na última rodada do Campeonato Brasileiro, que decretou a queda do clube à Série B.
“A direção da Nissan considera que os referidos atos de violência são incompatíveis com os valores e princípios sustentados e defendidos pela empresa em todo o mundo'', dizia parte do comunicado.
Esse talvez tenha sido o ato mais exemplar que uma empresa já deu para o futebol brasileiro. Muitas outras marcas já deixaram o futebol tendo motivos de sobra para tal. Mas nenhuma, antes, colocou tanto o dedo na ferida.
No momento em que mais se previa que o futebol no Brasil transbordasse em dinheiro, o que se observa é um movimento oposto. Sim, as receitas aumentaram, mas num crescimento quase inercial, pelas renovações dos contratos de TV e de fornecimento de material esportivo, turbinadas por concorrência. Os clubes pouco ou quase nada fizeram para merecer novos contratos e mais receita.
Pior ainda, os desmandos de fora de campo levaram a uma situação de insatisfação tremenda. Jogadores protestam, torcedores reclamam, brigões pulam pelas arquibancadas, advogados surgem ao final da história em busca de um “grand finale".
Se a moda pega, vai sobrar espaço nas camisas para os próximos anos… [negociosdoesporte]
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