Entre 1992 e 2012, a população de idosos acima de 60 anos passou de 11,4 milhões para 24,8 milhões, um crescimento de 117%
E, neste período, o número de idosos morando sozinhos triplicou, passando de 1,1 milhão para 3,7 milhões –um aumento de 215%, segundo as PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE.
Editoria de Arte/Folhapress |
Há várias hipóteses para explicar a tendência, entre elas a feminização do envelhecimento. Entre os idosos hoje morando sozinhos, 65% são mulheres.
"Em geral, elas já criaram os filhos, estão viúvas ou separadas e querem manter autonomia", diz Alexandre Kalache, que já dirigiu o programa de envelhecimento da Organização Mundial da Saúde e preside o Centro Internacional de Longevidade.
Mas mesmo entre os homens, há sinais de uma maior independência. O percentual dos que vivem sozinhos passou de 31% para 35% nas últimas duas décadas.
Segundo Kalache, outra explicação é o fato de que hoje existe uma maior dispersão e fragmentação das famílias, com muitos filhos não morando na cidade dos pais.
Essas mudanças, associadas ao aumento da longevidade, têm levado as pessoas a ver com mais naturalidade a decisão de um idoso morar sozinho, de acordo com Marília Berzins, doutora em saúde pública pela USP e presidente do Observatório da Longevidade.
"O que antes era tido como sinal de abandono, agora é visto como autonomia." Fonte: [folha.uol]
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