As pessoas que sofrem de uma doença terminal e sentem muita dor deveriam ter o direito de
acabar com suas vidas?
O famoso físico Stephen Hawking reabriu o polêmico debate, esta semana, ao deixar clara sua posição a favor do noção de suicídio assistido para pessoas que sofrem de doenças terminais, ainda que a seu parecer devem existir certas garantias, para evitar abuso. Evidentemente que não demorou para acontecer uma saraivada de críticas dos setores mais conservadores e de religiosos afirmando que, como somos criaturas de deus, não temos direito a tirar nossas próprias vidas.
- "Não deixamos que os animais sofram, por que fazer com os seres humanos?", questionou Hawking de forma simplista em uma entrevista para a rede BBC, sobre a estréia de um documentário sobre sua vida, que chega aos cinemas britânicos hoje, sexta-feira.
Quando questionado sobre a possibilidade de não culpar e nem processar legalmente os familiares das pessoas que desejam morrer, Hawking respondeu que "sim": - "As pessoas que sofrem de uma doença terminal e sentem muita dor deveriam ter o direito de acabar com suas vidas, e aqueles que ajudem não deveriam ser perseguidos pela justiça".
De qualquer forma, o cientista considerou que - "devem existir mecanismos de controle para assegurar que a pessoa genuinamente doente queira acabar com sua vida e que não esteja sendo pressionada ou obrigada a tomar esta decisão sem seu consentimento".
Hawking padece a doença de Lou Gehrig, que afeta sua capacidade de se deslocar. Ademais precisa de ajuda de um sintetizador de voz, para comunicar-se. Quando tinha pouco mais de 20 anos, foi diagnosticado pelos médicos com Esclerose Lateral Amiotrófica, motivo pelo qual lhe deram pouco mais que um ano de vida. No entanto o prognóstico resultou equivocado. Agora tem 71 anos.
O assunto é bastante polêmico e o próprio Stephen Hawking é a prova do que alguém pode conseguir se quiser viver. No entanto, distante daquela opinião espiritualizada de que "dor física e emocional ajuda-nos a crescer", pessoalmente estou de acordo de que se alguém decidiu que já não sabe mais o que fazer pelo sofrimento causado por uma doença, deveria sim ter o direito de fazer o que bem entender com sua vida. Fonte: BBC News [Mdig]
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