segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Alface era considerado afrodisíaco no Antigo Egito

Você já imaginou que além das muitas calorias que fazem parte do seu hambúrguer favorito, existe ali no meio um ingrediente afrodisíaco?

Se você não gosta de alface, comece a olhá-lo com mais carinho da próxima vez.

Salima Ikram, pesquisadora da Universidade Americana do Cairo, disse que as alfaces eram vistas como afrodisíacas e símbolo fálico pelos antigos egípcios. Uma prova disso, é o fato de existirem representações de alfaces nas paredes dos túmulos que datam de aproximadamente 2 mil anos a.C.

As alfaces também eram associadas a um deus egípcio da fertilidade, Min, por ser a sua comida favorita. Além de promover a fertilidade, a divindade egípcia protegia as caravanas, e tinha a forma de um homem com gorro, duas plumas e fitas, o braço direito levantado com um chicote e o pênis ereto.

Segundo Ikram, no Antigo Egito os vegetais folhosos não eram mastigados como uma refeição leve ou um aperitivo, e sim tomados como um tônico afrodisíaco. Além disso, o papel da divindade Min mudou diversas vezes ao longo de 3 mil anos, mas a sua associação com a alface sempre permaneceu.

Uma das razões pelas quais [os egípcios] associaram a alface com Min foi porque a hortaliça cresce para fora da terra de forma direta, sendo visto como um óbvio símbolo fálico”, disse Ikram.

O seu crescimento em linha reta, bem como o líquido leitoso que exala no primeiro corte foi ligado como um alimento sagrado para Min, já que o líquido poderia ser considerado o símbolo do leite materno ou o sêmen.

Ao contrário do que se imagina, o que era consumido das alfaces eram as sementes dos botões das flores, que quando pressionados, extraía-se seus óleos naturais, e estes eram utilizados no preparo de alimentos, medicamentos e até mesmo no processo de mumificação. As folhas verdes eram simplesmente descartadas.

Já no Egito Moderno, a verdura é usada como um remédio tradicional para o crescimento de cabelo.

As alfaces só se tornaram conhecidas como saladas, no qual suas folhas eram comestíveis, e não excluídas, durante o reinado de Domiciano no ano 85 d.C.

Segundo Ikram, as alfaces passaram a fazer parte da dieta de gregos e romanos no início de uma refeição para estimular o apetite, posteriormente, foi associado ao bom funcionamento da digestão, e passou a aparecer de maneira abundante na alimentação da população. [jornalciencia]

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