Você já imaginou que além das muitas calorias que fazem parte do seu hambúrguer favorito, existe ali no meio um ingrediente afrodisíaco?
Se você não gosta de alface, comece a olhá-lo com mais carinho da próxima vez.
Salima Ikram, pesquisadora da Universidade Americana do Cairo, disse que as alfaces eram vistas como afrodisíacas e símbolo fálico pelos antigos egípcios. Uma prova disso, é o fato de existirem representações de alfaces nas paredes dos túmulos que datam de aproximadamente 2 mil anos a.C.
As alfaces também eram associadas a um deus egípcio da fertilidade, Min, por ser a sua comida favorita. Além de promover a fertilidade, a divindade egípcia protegia as caravanas, e tinha a forma de um homem com gorro, duas plumas e fitas, o braço direito levantado com um chicote e o pênis ereto.
Segundo Ikram, no Antigo Egito os vegetais folhosos não eram mastigados como uma refeição leve ou um aperitivo, e sim tomados como um tônico afrodisíaco. Além disso, o papel da divindade Min mudou diversas vezes ao longo de 3 mil anos, mas a sua associação com a alface sempre permaneceu.
“Uma das razões pelas quais [os egípcios] associaram a alface com Min foi porque a hortaliça cresce para fora da terra de forma direta, sendo visto como um óbvio símbolo fálico”, disse Ikram.
O seu crescimento em linha reta, bem como o líquido leitoso que exala no primeiro corte foi ligado como um alimento sagrado para Min, já que o líquido poderia ser considerado o símbolo do leite materno ou o sêmen.
Ao contrário do que se imagina, o que era consumido das alfaces eram as sementes dos botões das flores, que quando pressionados, extraía-se seus óleos naturais, e estes eram utilizados no preparo de alimentos, medicamentos e até mesmo no processo de mumificação. As folhas verdes eram simplesmente descartadas.
Já no Egito Moderno, a verdura é usada como um remédio tradicional para o crescimento de cabelo.
As alfaces só se tornaram conhecidas como saladas, no qual suas folhas eram comestíveis, e não excluídas, durante o reinado de Domiciano no ano 85 d.C.
Segundo Ikram, as alfaces passaram a fazer parte da dieta de gregos e romanos no início de uma refeição para estimular o apetite, posteriormente, foi associado ao bom funcionamento da digestão, e passou a aparecer de maneira abundante na alimentação da população. [jornalciencia]
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