domingo, 1 de dezembro de 2013

Computação quântica dá um salto gigantesco

Ao contrário dos computadores convencionais e os “bits” de dados, os computadores quânticos usam os “qubits” como a sua unidade básica de informação

Uma equipe internacional de cientistas conseguiu manter o estado da memória de um qubit por 39 minutos. Isso pode não parecer muito, mas é 100 vezes maior do que o recorde anterior. É uma conquista revolucionária que poderia abrir o caminho para computadores assustadoramente rápidos.

O processamento de informações quânticas é feito através do uso de partículas elementares, como os elétrons e fótons. Estas partículas, conforme elas mudam a sua carga ou polarização, podem representar os 0 e 1 convencionais.

Os qubits tiram vantagem de efeitos quânticos assustadores que lhes permitam ser armazenados em um estado de “sobreposição”, o que significa que eles podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo. Os computadores quânticos, portanto, podem realizar vários cálculos em um instante, e é por isso que eles estão muitas vezes anunciados como o computador do futuro. E, de fato, o Google e a NASA entusiasticamente se uniram para desenvolver um computador quântico.

Mas os sistemas quânticos são incrivelmente difíceis de medir e operar. Eles são altamente instáveis e muitas vezes “esquecem” suas memórias em menos de um segundo. Antes desta descoberta mais recente, cientistas só podiam manter um qubit em um sistema de estado sólido por apenas 25 segundos a temperatura ambiente. Ou três minutos em condições criogênicas.

No novo experimento, uma equipe internacional liderada por Mike Thewalt, da Simon Fraser University, no Canadá, estabeleceu um novo padrão para a codificação de qubits de informação em um sistema de silício à temperatura ambiente.

Para isso, a equipe de Thewalt codificou informações no núcleo dos átomos de fósforo mantidos em um pequeno pedaço de silício purificado. Depois, eles usaram campos magnéticos para inclinar a rotação dos núcleos para criar o estado desejado de sobreposição (que produzem os qubits desejados de memória). Tudo isso foi feito a temperaturas próximas do zero absoluto, mas quando o sistema foi levado para apenas um pouco acima da temperatura ambiente, a superposição se manteve estável durante 39 minutos.

Além disso, os pesquisadores foram capazes de manipular os qubits conforme a temperatura subia e descia de volta para o zero absoluto.

Mas vários desafios permanecem, incluindo o fato de que os pesquisadores utilizaram uma forma não convencional e altamente purificada de silício.

Sem dúvida, este é um campo científico emergente, e ainda temos muito a percorrer antes que nós tenhamos computadores quânticos e outros dispositivos quânticos em nossas mesas. O progresso pode ser lento, mas ele está chegando. [io9][misteriosdomundo]

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