terça-feira, 30 de abril de 2013

O Poder das Palavras...

Sessão Vale Reprise
Matéria originalmente publicada em 20 de julho de 2012

Os publicitários não cansam de bater na mesma tecla: o poder das mensagens não está necessariamente em seu conteúdo, mas na forma com a qual as transmitimos

Obcecada por este conceito, a agência inglesa especializada em conteúdo para internet Purple Feather, ativa desde 2000, produziu o pequeno filme-portfólio The Power of Words (“O Poder das Palavras”), que estourou no YouTube. Sugestão do leitor José Carlos Bolognese ao blog do Ricardo Setti.

O minivídeo, que foi dirigido por Seth Gardner e musicado pelo compositor escocês Giles Lamb (autor da trilha do recém-lançado videogame Resident Evil: Operation Racoon City), defende a tese do primeiro parágrafo apelando à emoção, presente tanto no argumento quanto na bonita melodia de piano escrita por Lamb.

Roteiro
Em uma praça pública vemos um deficiente visual, que pede esmolas tendo a seu lado cartaz de papelão com os dizeres “Sou cego, ajude-me”; os transeuntes até colaboram, mas sem muito entusiasmo, deixando mirrados centavos a cada passagem.

Tudo corre na mais tediosa normalidade até o surgimento de uma mulher, que se detém na frente do cego e escreve algo em outro pedaço de papelão. Ela parte misteriosamente, e logo em seguida dá-se início a uma verdadeira chuva de moedas sobre o perplexo pedinte.

A dama retorna e ouve do mendigo a pergunta: “o que você escreveu?”. Ao que ela responde “a mesma coisa, mas com outras palavras”. Só aí, então, a câmera mostra a mensagem redigida por ela: “É um lindo dia, e eu não posso vê-lo”.

Assistam:



Ideia reciclada
A ideia a respeito do “poder das palavras”, e de como uma simples alteração no texto pode fazer uma enorme diferença, é velha conhecida na rede. Inclusive quando associada à cegueira. Já nos anos 1990, um viral percorria o mundo via e-mail – sim, naquela longínqua década ainda propagava-se informação digital desta maneira – com o mote “é primavera em Paris, e eu não posso ver”.

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