quarta-feira, 15 de maio de 2013

Quais novelas brasileiras mais fizeram sucesso no exterior?

O Brasil é famoso por produzir as melhores novelas do mundo

Nossos folhetins influenciam a moda, o comportamento e os hábitos dos telespectadores dos países onde são exibidos. “O Clone”, por exemplo, fez um enorme sucesso em Portugal e disparou o interesse pela dança do ventre e pelas viagens ao Marrocos. Nossas novelas já foram exibidas em centenas de países e, atualmente, não são apenas exportadas e dubladas. O enredo bruto é comprado por emissoras internacionais e as histórias são adaptadas ao país em que serão transmitidas. Vamos relembrar as novelas que encantaram o mundo com seus personagens, figurinos e trilhas sonoras.

O Bem-Amado (1973)
A novela escrita por Dias Gomes foi a primeira a ser exibida no exterior. Três anos depois da sua exibição no Brasil estreou no México. A curiosa história de Odorico Paraguaçu, vivido por Paulo Gracindo, o prefeito da brasileiríssima Sucupira que promete inaugurar o primeiro cemitério da cidade, fez tanto sucesso que o folhetim foi comprado por mais 16 países latino-americanos.

A Escrava Isaura (1976)
Lucélia Santos encarnou a heroína de maior sucesso em novelas fora do Brasil. “Escrava Isaura”, de Gilberto Braga, foi a novela mais exportada da Globo – a cerca de 79 países –, entre eles Rússia, Polônia e até China. Quando foi exibida, há 25 anos, os capítulos finais da trama pararam o país. A “Escrava Isaura” ou “Isola”, como os chineses chamavam a personagem, levou Lucélia a visitar o país mais de uma vez. A grande repercussão da novela projetou internacionalmente a atriz. Também faziam parte do elenco Rubens de Falco, Norma Blum e Edwin Luisi.


Sinhá Moça (1986)

Mais um sucesso estrelado por Lucélia Santos e Rubens de Falco e escrito por Benedito Ruy Barbosa. Os atores repetiram a parceria de “A Escrava Isaura”, foi exibida 10 anos antes. A história tinha como pano de fundo o romance entre Sinhá Moça, filha do coronel Ferreira, o Barão de Araruna, e o jovem abolicionista Rodolfo. A novela foi exportada para mais de 50 países. Em 2006, foi produzido na Rede Globo um remake de Sinhá Moça com Débora Falabella e Danton Mello. A trama também foi vendida a outros países como Canadá, Romênia e República Dominicana.

Mulheres de Areia (1993)
O triângulo amoroso protagonizado pelas gêmeas Rute (a mocinha) e Raquel (a vilã), ambas vividas por Glória Pires e o jovem bem-sucedido Marcos, encarnado por Guilherme Fontes, foi um enorme sucesso da faixa das 18h. A novela de Ivani Ribeiro foi exportada para mais de 60 países em todo o mundo. Nos países latino-americanos "Mujeres de Arena" foi uma das novelas mais marcantes da década.

Anjo Mau (1997)
Glória Pires repetiu o sucesso de Mulheres de Areia, mas dessa vez na trama de Maria Adelaide Amaral. Anjo Mau foi vendida para 67 países. A história central focava na ambiciosa babá Nice (Glória Pires), que fazia de tudo para dar o golpe e casar com o patrão Rodrigo, vivido por Kadu Moliterno. Mas no meio da trama, o inesperado acontece: Nice realmente se apaixona pelo patrão e acaba se redimindo. Uma curiosidade é que "Anjo Mau" é um remake. A primeira versão da novela foi ao ar em 1976 e tinha Susana Vieira como Nice e José Wilker como Rodrigo.

Terra Nostra (1999)
A história inspirada na imigração italiana assinada por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim foi exportada para 95 países. Os protagonistas Giuliana, vivida por Ana Paula Arósio, e Matteo, interpretado por Thiago Lacerda, conquistaram fãs em todo o mundo. Na Espanha, “Terra Nostra” foi transmitida pela TVE Espanhola e chegou a alcançar a marca de 29% de audiência por capítulo.

O Clone (2001)
Trama de Glória Perez, “O Clone” é uma das novelas recentes mais marcantes e influentes quando o assunto é telenovela no mundo. O folhetim estreou três semanas após os ataques terroristas de 11 de setembro e trouxe um assunto para lá de polêmico, a utilização de clones humanos, além do exotismo da cultura islâmica e o drama dos usuários de drogas. A novela foi exibida na TeleMundo, canal americano voltado para o público latino que mora no país. O Clone foi ao ar em 98 países.

Da cor do pecado (2004)
A trama de João Emanuel Carneiro foi um enorme sucesso e está entre as novelas mais exibidas no exterior. Foi ao ar em 100 países diferentes, entre eles Argentina, Equador, Chile e Israel. A protagonista Preta, vivida por Taís Araújo, disputava o amor de Paco (Reynaldo Gianecchini) com a vilã Bárbara (Giovanna Antonelli). A novela também foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, na Rede Globo.

Senhora do Destino (2004/2005)
"Señora Del Destino" foi a tradução para o idioma espanhol de "Senhora do Destino", novela de Aguinaldo Silva que fez enorme sucesso no Brasil e foi uma das recordistas de Ibope da Rede Globo. Fora do Brasil, o folhetim foi exibido em mais de 20 países. A vilã Nazaré Tedesco, vivida por Renata Sorrah, entrou para a história. A novela estourou no Chile, Uruguai e, na Argentina, sua estreia marcou 25,5 pontos de audiência.

Páginas da Vida (2006/2007)
A trama de Manoel Carlos apresentou o drama da menina Clara, vivida por Joana Mocarzel, que sofreu uma série de dificuldades e preconceito por ter síndrome de Down. A novela foi exibida em mais de 12 países e, no Equador, foi responsável pelo lançamento de uma campanha criada pela TV Ecuavisa com o intuito de divulgar e promover os direitos das pessoas com Down. Fizeram parte do elenco da novela as atrizes Regina Duarte, Lília Cabral e Fernanda Vasconcellos.

Caminho das Índias (2009)

Tony Ramos, Juliana Paes, Márcio Garcia, Rodrigo Lombardi e Ísis Valverde tiveram seus rostos divulgados em mais de 90 países por conta da novela Caminho das Índias. A novale de Glória Perez foi escolhida a melhor novela do mundo, em 2009, no 37th International Emmy Awards, um dos mais importantes prêmios de televisão. Muitos atribuem o sucesso da trama ao exotismo da cultura indiana.

Laços de Família (2000/2001)
Laços de Família foi uma novela de grande repercussão tanto no Brasil como no exterior. A trama de Manoel Carlos foi exibida em 66 países e comoveu telespectadores do mundo todo com o drama da personagem Camila, vivida por Carolina Dieckmann, que descobre ter leucemia. Laços de Família impulsionou campanhas pela doação de medula óssea em toda a América Latina e nos Estados Unidos. [ehow]

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