A um só tempo inocentes e sensuais, as bonecas dessa artista retratam imagens estilizadas da feminilidade
Nascida na Sibéria, a russa Marina Bychkova mudou-se com a família para o Canadá ainda menina, e é em Vancouver que mantém seu ateliê onde dá vida a bonecas de porcelana que só faltam falar. Aliás, nem precisam, pois dá para ver em seus olhos, nos detalhes das mãos, nos movimentos das vestimentas, tudo aquilo que elas, se vivessem, como o Pinocchio, deveriam estar sentindo.
Mais do que meras bonecas, as bonecas encantadas são elegantemente esculpidas, com requintado trabalho artístico. Surpreendentemente nuas, decoradas como tatuagens ou adornadas em opulentos trajes esculturais de metais preciosos, pedras preciosas e alguns objetos raros, cada boneca transmite um aspecto de nossa humanidade — aqui e ali, um aspecto algo assustador.
Originais e delicadas, suas formas evocam uma resposta emocional forte, assombrando-nos com a sua vulnerabilidade — e por que não dizer tristeza?
A um só tempo inocentes e sensuais, as bonecas retratam imagens estilizadas da feminilidade, e ainda refletem, de forma brincalhona, a ingenuidade da vida.
“Quando decidi criar um nome e uma marca para dar identidade às minhas bonecas, elegi o título de um conto do escritor americano Paul Gallico, ‘Enchanted Doll’ (boneca encantada)”, revela Marina, “no qual uma jovem cria bonecas com tanto amor que elas encantam pessoas à primeira vista, com sua beleza delicada, atraente e quase realística. Esse também é meu objetivo”.
Capa da Vogue japonesa, em ensaio exclusivo |
As bonecas custam cerca de 25 mil reais e podem ser encomendadas, mas ultimamente elas desfilam mesmo é nas capas de revistas de diferentes partes do mundo, e até em capas de livros. [Ricardo Setti / Rita de Sousa]
Gosto muito de seu blog. Fico admirada com a quantidade e qualidade das matérias postadas. Sou professora de português e tenho o vício de ficar atenta aos erros gramaticais de tudo o que leio. Pois bem, quero lhe dar parabéns pelos textos e, principalmente, pelo tratamento e respeito que você dá à "última flor do lácio", coisa rara hoje em dia. Parabéns. NJL Campo Mourão, PR
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