sábado, 13 de julho de 2013

Não sou negro, nem índio, nem homo... Como faço pra viver no Brasil?

Sessão Vale Reprise
Matéria originalmente publicada em 5 de novembro de 2012

Não sou: - nem Negro, nem Índio, nem homossexual, nem Assaltante, nem Guerrilheiro, nem Invasor de Terras. 
Como Faço Para Viver No Brasil Nos Dias Atuais?

Na Verdade Eu Sou Branco, Honesto, Professor, Advogado, Eleitor, Hétero...
E tudo isso para quê? 
Meu Nome é: 
Ives Gandra da Silva Martins* 

Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infra constitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afro descendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. 

Assim é que, se um branco, um índio e um afro descendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna). 

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados. 

Leia o artigo completo aqui

(*Ives Gandra da Silva Martins, é um renomado professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ). 

2 comentários:

  1. Incrível como um advogado renomado pode falar tanta besteira, comparar negros e homossexuais , aos quais ele chama de “”viados”” com assaltantes, guerrilheiros e invasores de terras e ainda reclamar que eles tenham conseguido alguns direitos nesse pais, é desconhecer um principio basilar de nossa constituição federal, o principio da isonomia que preleciona que se devem tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades,dessa forma acredito que ele deva estar ficando caduco.Uma pena.

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  2. Calma RVC! Você ficou tão bravo(a) que enxergou coisa que nem está no artigo. Onde você viu a palavra “viado”? De qualquer maneira, ele escreveu o que pensa e tem o direito de pensar, da mesma forma que você tem todo o direito de o criticar (como, de fato, o criticou). Esse também é um princípio basilar da Constituição: a liberdade de expressão. Aí está a beleza da democracia. Só não deixe que as coisas que contrariem sua opinião machuquem você, isto não é bom pra saúde. Finalizando, agradeço o fato de você ter participado do blog e aproveito para lembrar as sábias palavras de Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizer”. Abraço.

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