Menina está há 1 ano livre de leucemia devido ao tratamento com vírus da AIDs
Emma Whitehead submeteu-se ao tratamento de risco no Hospital Infantil da Filadélfia. Teve reações agressivas, ficou inconsciente e quase morreu. No entanto, o processo à base do vírus deu certo e, atualmente, ela já comemora a cura do câncer.
Emma, hoje curada, com a mãe - Foto: Reprodução/Facebook |
Até que ponto a ciência proporciona momentos de alegria e sensação de milagre na vida das pessoas? O caso de Emma Whitehead é uma boa resposta para esta questão. A menina, de 8 anos, foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda em 2010, submeteu-se a todos os tratamentos, quimioterapia, perdeu o cabelo e estava chegando ao estado terminal.
Os pais, já desesperados e procurando qualquer outra solução, resolveram tentar um tratamento polêmico: em abril de 2012, Emma se juntou a um grupo de 12 pessoas no Hospital Infantil da Filadélfia e teve o vírus da AIDs injetado em seu organismo.
As células T, que ajudam na produção de anticorpos no organismo, foram retiradas do corpo de Emma. Então foi injetado o vírus desativado de HIV, que, segundo os médicos, funcionam melhor com este tipo de célula. Após isso, as células T foram colocadas de volta no corpo da menina. O método é, inclusive, a esperança de substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.
Emma chegou a ficar inconsciente e passou pelos dolorosos processos de quimioterapia - Foto: Reprodução/Facebook |
Outra criança que participou do processo experimental melhorou, mas depois teve uma recaída. Em dois adultos, o tratamento não funcionou. Emma também teve reações agressivas: febre de 40,5 graus, ficou inconsciente e irreconhecível de tão inchada. Precisou respirar por aparelhos e quase morreu. Mas, de acordo com o Dr. Carl June, à frente das pesquisas na universidade americana, esses sintomas são a comprovação de que o tratamento funcionou.
Emma em foto atual - Foto: Reprodução/Facebook |
"Emily permanece saudável e não tem câncer 1 ano depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados, que permitiram se concentrar em um objetivo concreto presente neste tipo de leucemia", disse o médico através de comunicado oficial do centro de estudos.
"Isso se chama Síndrome da Liberação de Citocinas e se refere aos produtos químicos que são expelidos das células do sistema imunológico quando ativadas. O que gera os problemas e pode afetar os pulmões e causar quedas perigosas na pressão arterial. Foi isso que fez a família de Emma achar que ela estava morrendo", explicou June ao jornal "New York Times".
Só pode-se dizer que uma pessoa sobrevive ao câncer quando vive há cinco anos. Mas Emma, livre há um ano, tenta levar uma vida normal, vai a escola e já sai para brincar com os amigos. Na página do Facebook "Prayers for Emily (Emma) Whitehead" é possível acompanhar os passos da menina.
Atualmente, Emma comemora o fato de não ter mais a doença - Reprodução/Facebook |
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