Alguns meses atrás, cientistas usaram IceCube, um observatório de neutrinos localizado na Antártida, para descobrir dois neutrinos de alta energia, que pareciam ter se originado a partir de fora do nosso sistema solar.
A equipe do IceCube ainda não tem certeza de onde os neutrinos vieram (possíveis fontes: os buracos negros e explosões de raios gama), mas eles tem 99% de certeza que as partículas não foram produzidas localmente a partir de raios cósmicos batendo na atmosfera – uma comum fonte de neutrinos de alta energia na Terra. Um mês depois, o mesmo grupo de cientistas anunciou a detecção de mais de duas dezenas de neutrinos mais energéticos.
O que são neutrinos?
No sentido mais básico, os neutrinos são partículas subatômicas elementares que quase não têm massa e podem viajar grandes distâncias sem interagir com a matéria normal. “Eles podem passar por anos-luz de chumbo sem parar”, diz Nathan Whitehorn, um físico do IceCube e da Universidade de Wisconsin-Madison. Na verdade, trilhões de neutrinos estão passando por você a cada segundo.
Neutrinos devem seus poderes fantasmas ao fato de que eles não têm carga elétrica (não se incomodam com as forças eletromagnéticas) e só são afetados pela força nuclear fraca, que trabalha em intervalos muito curtos, e da gravidade, que é bastante fraca em escalas subatômicas.
De onde os neutrinos vêm?
Existem inúmeras fontes de neutrinos no universo, tanto no espaço quanto na Terra. “Onde quer que haja a física nuclear, existem neutrinos”, disse o principal investigador do IceCube, Francis Halzen. “Neutrinos são as ligações que fazem a física nuclear possível.”
Por exemplo, você já sabe que os neutrinos são produzidos pelo Sol e por outras estrelas. Eles são o subproduto da fusão nuclear, o qual envolve a fusão de dois prótons (átomos de hidrogênio) para formar um deutério, liberando um pósitron (antipartícula do elétron) e um neutrino ao mesmo tempo. [io9, BNL, NASA]. Leia a matéria completa em misteriosdomundo
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