quinta-feira, 29 de maio de 2014

EUA: injeção letal falha e condenado agoniza por mais de meia hora

Sofrimento causado ao detento levou o estado de Oklahoma a suspender outra execução programada para o mesmo dia
Os condenados por estupro e assassinato Clayton Lockett (E) e Charles Warner (D) em fotos do Departamento Penitenciário de Oklahoma (AFP)



A injeção letal aplicada na noite de terça-feira em um condenado à morte em Oklahoma falhou e o homem agonizou durante mais de 30 minutos antes de falecer, informaram as autoridades penitenciárias, o que provocou a suspensão da segunda execução programada para o mesmo dia. Segundo a rede CNN, o diretor da prisão ordenou a suspensão da execução de Clayton Lockett cerca de três minutos após a aplicação da injeção, às 18h23 local (20h23 Brasília), assim que percebeu o fracasso da execução. 

O condenado, no entanto, morreu de crise cardíaca "fulminante" às 19h06 (21h06). A desastrosa execução reacendeu o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos e sobre as substâncias usadas nas execuções. A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, disse que pediu ao "departamento de Prisões uma revisão completa dos procedimentos de execução para determinar o que aconteceu".

De acordo com a CNN, a veia do preso Lockett "explodiu" durante os procedimentos de sua execução, e isso levou as autoridades a interromper abruptamente o processo na tentativa de descobrir o que deu errado. Lockett agonizou e morreu 43 minutos após a primeira injeção, que deveria tê-lo feito dormir. A execução de Lockett cumpria um inédito protocolo de injeção letal, que nunca havia sido testado. O novo procedimento inclui três produtos: um sedativo, um anestésico e uma dose letal de cloreto de potássio.

Poucos minutos depois da primeira injeção, o detento iniciou um estado de sofrimento, muito agitado, com o corpo trêmulo, levantando os ombros da mesa de execução, emitiu grunhidos e pronunciou palavras incompreensíveis, segundo a imprensa local, uma informação parcialmente confirmada por Jerry Massie, porta-voz do sistema penitenciária de Oklahoma. Diante do ocorrido, o diretor decidiu adiar, por catorze dias, a execução de Charles Warner, informou Jerry Massie, porta-voz das prisões de Oklahoma... [Veja]

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