Pesquisadores acreditam que o estresse
pode estar ligado a doenças crônicas, como depressão e câncer
Embora o impacto do estresse em nosso sistema imunológico já não seja segredo há décadas, o mecanismo por trás dele ainda intriga a ciência. Por exemplo, já sabíamos que estresse em nossa primeira idade pode causar mudanças no DNA, mas ainda não entendemos direito como isso funciona.
Ao investigar o fenômeno do estresse no organismo, pesquisadores da Universidade Ruhr de Bochum (Alemanha) confirmaram que um dos principais alvos da condição são os nossos genes.
Especificamente, os pesquisadores examinaram dois genes: o que produz receptores de oxitocina (conhecido como “hormônio antiestresse”) e o que produz fator neurotrófico derivado do cérebro (que contribui para o desenvolvimento e ligação de células cerebrais). Este último não chegou a ser afetado pelo estresse. O dos receptores de oxitocina, porém, foi.
Nessa pesquisa, os 76 participantes passaram por uma fictícia entrevista de emprego, na qual teriam que resolver complexos problemas de matemática enquanto eram observados. Foram coletadas amostras de sangue no início e depois da “entrevista”.
Nos primeiros dez minutos do teste, a atividade do gene foi reduzida por um processo químico chamado metilação – intensificada pelo estresse. Uma hora e meia depois do teste, a metilação deste gene diminuiu muito, e a produção dos receptores voltou ao normal.
Os pesquisadores acreditam que esse mecanismo do estresse pode estar ligado a doenças crônicas, como depressão e câncer.[io9, Foto][Hypescience]
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