Logo ele, rei do palavrão, que chamou publicamente de “filho da puta” um presidente da República!!! E um homem digno e sério, como Itamar Franco!!!
Santo Deus, haja paciência.
Lá vem ele de novo — Lula.
Lula, o presidento que mais beneficiou banqueiros e empreiteiras na história da República — pregando contra “as elites”.
Lula, que culpou os “brancos de olhos azuis” pela crise econômica mundial, que fez os brasileiros colarem na testa sua suposta origem racial pela primeira vez na história ao instituir a política de quotas, que sistematicamente dividiu os brasileiros ao longo de 8 anos de governo entre “nós” e “eles” — culpando a oposição e a imprensa por criar um suposto “ódio de classes”.
“A elite brasileira está conseguindo fazer o que nunca conseguimos”, bradou Lula. “Despertar o ódio de classes”.
Como se não fosse o PT que passasse a mão o tempo todo em “movimentos sociais” violentos e baderneiros, como o MST ou os diferentes movimentos de sem-teto, que pregam abertamente a luta de classes como forma de chegar ao poder.
Lula estava incomodado pelos xingamentos à presidente Dilma Rousseff ocorridos na Arena Corinthians durante a abertura da Copa do Mundo, que ele classificou como “uma cretinice fomentada por parte da imprensa”.
O fato serviu de pretexto para nova investida contra as “elites”. Para Lula, os xingamentos vieram da “parte bonita da sociedade” — algo curioso para quem critica ódios e discriminações, porque o ex-presidento assumiu, imediatamente, a hipótese de que só pessoas endinheiradas foram à partida inaugural (a “parte bonita da sociedade”) e que, portanto, pobre é feio.
Lula dando lição de moral
“Respeito, educação, a gente aprende na casa da gente (sic)”, ensinou. "Eu nunca tive coragem de faltar com respeito a um presidente da República". É de morrer de rir, por partir de quem partiu.
Só para lembrar, no dia 8 de maio de 1993, em Teófilo Otoni (MG), chamou o presidente da República, Itamar Franco, de “filho da puta”! Em 1987, num comício em Aracaju, Lula qualificou o então presidente José Sarney de “o maior ladrão da Nova República”.
E seu vocabulário não passaria de 300 palavras se fossem suprimidos os termos que usa de meio em meio minuto quando está longe do microfone.
No ótimo Viagens com o Presidente, os jornalistas Eduardo Scolese e Leonencio Nossa relatam episódios que testemunharam e histórias que colheram durante os quatro anos em que, a serviço da Folha e do Estadão, seguiram os passos do chefe de governo. Confira quatro momentos pescados no oceano de patifarias verbais:
Insultando Vizinhos
O fato se dá em Tóquio, no Japão, no final de maio de 2005. Uma dose caprichada de uísque com gelo e, antes mesmo do inicio do jantar, Lula manda servir o segundo, o terceiro e o quarto copos. Visivelmente alterado:
— Tem horas, meus caros, que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a puta que o pariu. É verdade. Eu tenho mesmo – afirma, aos gritos. — A verdade é que nós temos que ter saco para aturar a Argentina. E o Jorge Battle, do Uruguai? Aquele lá não é uruguaio porra nenhuma. Foi criado nos Estados Unidos. É filhote dos americanos. O Chile é uma merda. O Chile é uma piada. Eles fazem os acordos lá deles com os americanos. Querem mais é que a gente se foda por aqui. Eles estão cagando para nós. (págs 270 e 271)
Insultando Companheiras
Numa audiência com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, na época em que o governo começa a discutir a transposição de parte das águas do São Francisco, o Presidente ouve opiniões contrárias dela e dos técnicos:
— Marina, essa coisa de Meio Ambiente é igual a um exame de prostata. Não dá para ficar virgem toda a vida. Uma hora eles vão ter que enfiar o dedo no cu da gente. Companheira, se é para enfiar, é melhor enfiar logo. (Pág 71).
Insultando Ministros
Antes de uma cerimônia no palácio, Lula se aproxima do assessor para assuntos internacionais, o professor Marco Aurelio Garcia, e diz:
— Marco Aurélio, eu já mandei você tomar no cu hoje?
O professor sorri. (Pág. 71).
Insultando Assessores
Na suíte do hotel, recebe das mãos de assessores discurso sobre combate mundial à fome. Diante do ministro Celso Amorim e dos auxiliares do Planalto e do Itamaraty, folheia rapidamente a papelada e arremessa a metros de distância:
— Enfiem no cu esse discurso, caralho. Não é isso que eu quero, porra. Eu não vou ler essa merda. Vai todo mundo tomar no cu. Mudem isso, rápido. (Pág. 249).
Esses exemplos bastam para exibir a nudez do reizinho. Inquieto com as rachaduras no poste que instalou no Planalto, o presidente honorário do grande clube dos cafajestes tenta impedir o desabamento fantasiado de doutor honoris causa em boas maneiras. Haja cinismo.
Extraído de textos de Augusto Nunes e Ricardo Setti
Extraído de textos de Augusto Nunes e Ricardo Setti
Nenhum comentário:
Postar um comentário