segunda-feira, 30 de junho de 2014

Uber chega a São Paulo em fase de teste; app oferece sistema de carona paga

A modelo Alessandra Ambrosio divulgou chegada do Uber a SP; ela teria sido 1ª a usar o
serviço na cidade


O aplicativo Uber anunciou em seu blog, nesta quinta-feira (26), a chegada a São Paulo - até então, o Rio era a única cidade brasileira com o serviço. Criado há quatro anos e avaliado em US$ 17 bilhões, o programa tem a proposta de "transportar pessoas", conectando passageiros e motoristas (os associados usam seus próprios carros). Por isso, taxistas de todo o mundo protestam contra a novidade.

Em uma ação de marketing, o lançamento em São Paulo foi feito por uma poderosa modelo (ou "ubermodel") brasileira. "Alessandra Ambrosio, fã de longa data do Uber [...], pegou o primeiro Uber em São Paulo na noite passada [quarta-feira, 25]. Ela acessou o app nos Jardins e, alguns minutos depois, estava a caminho de uma festa na embaixada britânica", diz o post.

Como a ferramenta ainda está sendo testada na cidade – sua presença se alastra por 39 países - a disponibilidade de carros é limitada em São Paulo. Mas, para insatisfação dos taxistas, o Uber promete: "Estamos trabalhando duro todos os dias para colocar mais carros nas ruas". Até 13 de julho, os usuários que aderirem ao serviço em São Paulo ganham até R$ 50 de desconto na primeira corrida. [tecnologia.uol]

Carona paga é ilegal

Os programas para telefones celulares permitem escolher o motorista, saber o valor quanto ele cobra pelo trajeto e até a forma de pagamento. Mas especialista em transporte público alerta que essa prática é ilegal, assim como outras formas de “caronas pagas”, com ou sem uso de tecnologia. As multas ultrapassam os R$ 5 mil, segundo o servidor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Raphael Junqueira, que publicou artigo inédito no Congresso em Foco.

De acordo com ele, a Constituição veda o oferecimento desse tipo de carona. “Existem atividades que só podem ser exercidas mediante autorização prévia do Estado, e transporte é uma”, explica Junqueira, no artigo.

Porém, a carona solidária é permitida. Mas, segundo Junqueira, a simples divisão entre o motorista e os passageiros do valor do combustível acaba com qualquer solidariedade. Para o servidor da ANTT, essas caronas afetam “sobremaneira” o sistema de transporte já autorizado.

Mas Junqueira afirmou em entrevista ao Congresso em Foco que não é permitido cobrar um centavo de ninguém. A regra vale mesmo que o cidadão só transporte seus amigos e parentes, recolhendo-os na porta da casa deles. Isso seria transporte ilegal de passageiros. Se o motorista e os passageiros usaram ou não o celular para marcar essas caronas, pouco importa. 

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