sexta-feira, 27 de junho de 2014

Casamentos entre primos não são tão perigosos como alguns imaginam

A importância de não compartilhar material genético com um primo é um dos mitos mais amplamente conhecido pelo mundo
Muitos estados dos EUA inclusive proíbem o casamento entre primos, e muitos por lá dizem que este é um ato imoral. Para alguns, parece nojento ou de alguma forma contra a natureza. Ao contrário de muitos tabus, no entanto, a maioria das pessoas sabe dizer o motivo pelo qual isso não deve ser feito. A ideia popular é que se casar com um primo dá uma chance muito grande de ter um filho com defeitos congênitos. Entretanto, pesquisas modernas indicam que as coisas podem ser menos perigosas do que parecem.


Existem vários fatores que podem afetar as taxas de defeitos no nascimento (como a idade da mãe e seus hábitos), mas evidências sobre defeitos congênitos relacionados ao incesto mostram um cenário interessante. Acontece que as crianças cujos pais são da mesma família possuíam uma porcentagem muito pouco maior de desenvolver algum problema. Um pesquisador que trabalha com o assunto sugere que a proibição do casamento entre primos é injusta. Ele ressalta que pessoas com a doença de Huntington tem uma chance de 50% de passá-la para seus filhos, mas mesmo assim, estas pessoas estão autorizadas a se reproduzir. 

O pesquisador não é o único que pensa desta forma sobre o tabu. Muitas pessoas vivem grandes histórias de amor com seus primos, ainda que esta prática seja mal vista em grande parte do ocidente.

Ainda nos Estados Unidos, metade dos estados permite o casamento. Na Europa e no Oriente Médio, a prática é ainda mais comum e permitida. Na verdade, a chance de complicações no nascimento tem muito mais a ver com problemas genéticos, mas isso é um problema também em relações 'fora da família'.

Ainda há muito por aprender sobre o assunto, e a ciência tem muito para descobrir no que diz respeito à genética. Mas podemos afirmar que o mito não é totalmente válido. 

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