quarta-feira, 4 de junho de 2014

A cura do câncer poderia estar bem mais perto graças ao CART

O CART consiste em extrair as células imunológicas (células T) do paciente e modificá-las
Emily Whitehead




Uma menina de seis anos, Emily Whitehead, curou-se de uma leucemia linfoblástica aguda graças a uma técnica experimental desenvolvida pela multinacional da indústria farmacêutica Novartis: Chimeric Antigen Receptor T-Cell (CART).

Este tipo de câncer era imune à quimioterapia, mas depois deste tratamento que ainda não tinham testado em humanos, desenvolvido por Carl June, da Universidade da Pensilvânia, aos sete meses, o câncer de Emily desapareceu de seu corpo. Depois do sucesso, a Novartis começou a financiar a pesquisa de Carl June, que sem dúvida resulta esperançosa.

Depois de investir nas pesquisa e desenvolvimento do tratamento, em todos os casos tratados, 25 crianças e 5 adultos, o câncer desapareceu. A Novartis prevê que em 2016 terá finalizado com os ensaios clínicos.

O CART consiste em extrair as células imunológicas (células T) do paciente e modificá-las. Desta maneira, criam algumas células "assassinas", especialmente adestradas para eliminar as células cancerosas, que param de se dividir até que acabam por completo.

A técnica ainda está sendo depurada: durante o tratamento, Emily quase perdeu a vida devido aos efeitos colaterais e por enquanto resultará tremendamente cara, porque precisa processar individualmente as células da cada paciente. Contudo, alguns outros centros também competem com a Novartis em aperfeiçoar o CART.

Quase todos os oncologistas coincidem: o CART é um tratamento revolucionário e, ainda que por enquanto só combata a leucemia, provavelmente poderá ter sua aplicação estendida: a revista Science também acaba de publicar uma pesquisa de uma equipe de cientistas do Instituto Nacional do Câncer nos EUA que conseguiu utilizar uma técnica similar para combater os cânceres que surgem nas células epiteliais. Via | ABC [ndig]

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