Olga Martinez fala da carreira e dos planos do Johnnie Walker para o Brasil e para o mundo
O olhar feminino que comanda a marca de
bebida alcoólica mais valiosa
Mostrar-se atraente e visível nas boates de Londres que cobram £ 5 mil a mesa é uma das formas mais certeiras de estimular o consumo de uma bebida sofisticada entre seus frequentadores e virar tendência. Isso aconteceu com a vodca Cîroc na capital inglesa e foi uma das muitas lições aprendidas por Olga Martinez, comandante da britânica Diageo no Brasil, em seus 20 anos trabalhando na maior fabricante mundial de bebidas alcoólicas.
“Mais do que investimento, estar nesses ambientes exige bom relacionamento”, conta a executiva espanhola, que chega às 8h no escritório de São Paulo e tem a responsabilidade direta de entregar bons resultados à matriz.
“O Brasil é um país com enormes oportunidades no longo prazo. Quanto tempo vai demorar para a oportunidade chegar vai depender de vários fatores que estão fora do meu controle”, afirma. Contudo, ela garante que o cenário para as bebidas premium, independentemente da categoria, vai bem. Isso significa que as vendas das vodcas Cîroc e Ketel One, do scotch Johnnie Walker Blue Label, do rum Zacapa e da tequila Don Julio encontram-se em alta.
O mercado brasileiro, no entanto, ainda tem um perfil de consumo bastante simples. “Aqui é basicamente cachaça, uísque e vodca, enquanto nos Estados Unidos bebe-se muito ruim, tequila, gim, licor e, agora, cachaça, tudo por conta da sua desenvolvida coquetelaria”, compara Olga.
Uma das missões da executiva é estimular também o consumo interno de cachaça. Há cerca de um ano, a Diageo comprou a Ypióca, do Ceará. “Nosso posicionamento global é ser a empresa líder de bebidas premium em todas as categorias, inclusive em cachaça premium.” Olga, keep walking.
O trabalho não se restringe ao escritório. Ela gosta de sair à noite, principalmente para bares e restaurantes. É nesses ambientes que o segundo turno se inicia. Olga pode estar jantando ou apenas tomando um drinque, mas a atenção irá para o ambiente, o posicionamento de suas marcas no local e o desempenho de vendas de suas bebidas e também da concorrência. “Depois que você entra para a Diageo, nunca mais seu olhar será o mesmo”, admite. [Forbes Brasil]
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