No Irã, a mulher não pode assistir a futebol

Vergonha: Presidente da FIFA, no Irã, “pede” que as mulheres não sejam proibidas de frequentar estádios de futebol

O mínimo que a FIFA deveria fazer é excluir o Irã!

Amigos, vejam esta notícia:

No dia 11 de junho de 2012, a polícia iraniana evacuou e fechou um cinema da capital Teerã porque estava retransmitindo jogos da Eurocopa 2012 e havia vendido, apesar da interdição, ingressos a mulheres.
Segundo a agência de notícias iraniana Isna, “o cinema foi fechado pela polícia após a venda de ingressos a mulheres enquanto só os homens são admitidos nas sessões reservadas aos jogos de futebol internacionais”.
Um responsável da polícia de Teerã declarou que a proibição das mulheres nos cinemas durante a Eurocopa é devida aos comportamentos “vulgares” que os homens costumam ter quando estão assistindo jogos de futebol. “A situação se torna inapropriada quando homens e mulheres assistem aos jogos juntos. Os homens falam palavrões ou contam piadas obscenas. Isso pode machucar a dignidade das mulheres, e elas deveriam agradecer a polícia” falou o responsável do setor dos assuntos sociais da polícia, Bahman Kargar. 

Agora vejam a notícia estampada ontem no site de VEJA

“O presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu ao presidente do Irã, Hassan Rohani, a revogação de uma lei que impede as mulheres de assistirem aos jogos de futebol nos estádios do país. Em visita a Teerã, nesta sexta-feira, o cartola suíço lembrou que a modalidade está crescendo entre as mulheres. ‘O futebol feminino se desenvolveu muito aqui no Irã”, afirmou. 

“Tentando manter um discurso diplomático, evitando provocar os anfitriões, Blatter disse que não tem a pretensão de interferir na legislação e nos costumes dos iranianos, mas ressaltou que era seu dever, como principal dirigente do futebol internacional, apresentar essa solicitação aos governantes das nações islâmicas. O cartola participou de um evento intitulado Congresso Internacional de Ciência e Futebol de Teerã”. 

Que vergonha! 

“Discurso diplomático”, “evitando provocar os anfitriões”, ridículos elogios ao futebol feminino… A FIFA não se emenda. 

Blatter e a entidade têm todos os poderes para ELIMINAR o Irã da FIFA enquanto essa discriminação absurda prevalecer. 

Defender os direitos humanos não é questão apenas para governos, ONGs e cidadãos conscientes. Uma organização influente, rica e poderosa como a FIFA tem a obrigação de fazer um mínimo por eles. Um mínimo pela melhoria da situação das mulheres em regimes tirânicos como o do Irã — e, por falar nisso, outros ainda piores, como o da Arábia Saudita, que disputa sem problemas torneios da FIFA, incluindo a Copa do Mundo.