Não é segredo para ninguém que "Capitão Phillips" tem tudo para ser o filme que dará o terceiro Oscar ao ator Tom Hanks
Hanks, no novo filme do britânico Paul Greengrass ("Voo United 93") interpreta um capitão da Marinha mercante que passa o diabo na mão de quatro piratas somalis - uma história verídica, ocorrida em abril de 2009 e foi recontada no livro "Dever de Capitão", de Richard Phillips.
O que torna "Capitão Phillips" um filme hipnotizante não é apenas a força de uma eletrizante história real, ou a interpretação magnética de Tom Hanks - o mais notável ator do cinema norte-americano para encarnar um homem ao mesmo tempo incomum e igual a todos nós. É, especialmente, o delicado equilíbrio que o diretor Paul Greengrass infiltra nas nuances tanto do refém quanto de seus captores.
Um detalhe crucial para sustentar o interesse é a humanização dos vilões. Os quatro piratas somalis que sequestram um navio mercante e colocam seu capitão e tripulantes sob a mira de metralhadoras são alucinados, agressivos, como seria de se esperar - todos eles, aliás, interpretados com muita garra por atores não profissionais, especialmente o líder da gangue, Muse (Barhad Abdi), um somali que mora nos Estados Unidos desde os 14 anos e trabalhava como motorista até ser escalado para o filme.
Mesmo sabendo-se o final da história real, "Capitão Phillips" não poupa emoções aos espectadores. Afinal, trata-se de 20 marinheiros encurralados numa situação extrema, tendo diante de si homens imprevisíveis, desesperados e sem nada a perder. A maior parte da conta, porém, é paga pelo capitão que, em parte da história, terá que virar-se sozinho com seus captores. É nessa situação-limite que Tom Hanks, vencedor do Oscar de melhor ator por "Filadélfia" (94) e "Forrest Gump, O Contador de Histórias" (95), mostra todos os recursos para credenciar-se à terceira estatueta. Fonte: Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário