sábado, 26 de outubro de 2013

Condenado sobrevive à forca no Irã e se recupera para ser 're-executado'

Alireza M., 37, foi enforcado na semana passada na cidade de Bojnord, no norte do Irã, em cumprimento à sua condenação por tráfico de drogas

Depois de 12 minutos, foi declarado morto. Na manhã seguinte, no equivalente ao IML (Instituto Médico Legal), um funcionário percebeu bolhas de ar no plástico que embalava seu corpo: ele estava vivo.

Enquanto a família do iraniano comemora, o Estado, segundo o jornal estatal "Jam-e-Jam", afirma que "reexecutará" Alireza M. assim que ele se recuperar do primeiro enforcamento.
Isso levou a Anistia Internacional a lançar ontem um apelo de clemência pela vida do condenado.

"Ele está em um hospital, mas um juiz foi citado dizendo que ele seria executado de novo uma vez que o pessoal médico confirme que sua saúde é boa o suficiente", diz o comunicado da Anistia.

"Não conseguíamos acreditar que ele estava vivo quando fomos buscar o corpo", disse um familiar ao jornal iraniano, citado pelo "The Guardian". "Mais do que qualquer pessoa, as suas duas filhas ficaram muito felizes", contou o parente.

Acusados de estupro e de tráfico de drogas, dois homens são enforcados em praça pública nas imediações de Teerã 


"A perspectiva de este homem enfrentar um segundo enforcamento, quando já passou por todo o processo uma vez, sublinha a crueldade e desumanidade da pena de morte", diz Philip Luther, diretor da Anistia para Oriente Médio e Norte de África.

Tráfico de Drogas

No Irã, a maioria das penas de morte são destinadas aos que cometeram crimes ligados ao tráfico de drogas.

No caso de Alireza M., ele foi preso três anos atrás carregando um quilo de metanfetaminas. "É natural que o Irã combata os graves problemas sociais e econômicos ligados ao tráfico, mas basear isso na pena de morte é um erro", diz Luther. Leia mais em [folha.uol]

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