Essa notícia poderá irritar muitos protetores dos direitos dos animais, mas um estudo publicado na conceituada revista Nature afirma que os métodos para calcular as taxas de extinção de espécies animais têm “erros fundamentais” e superestimam em 160% os números reais.
Como não há um jeito exato de medir esses níveis, o método mais comum é uma estimativa indireta conhecida como “relação entre espécie e área”. Determina-se o número de espécies encontradas em certa área e depois é realizada uma estimativa de como este número aumenta quando a área se expande. Em seguida, o cálculo é feito de maneira reversa numa tentativa de estimar quantas espécies sobrariam se a quantidade de terra diminuísse por causa da mudança de hábitos.
Como resultado, predições de 1980 diziam que, em 2000, metade das espécies da Terra iriam desaparecer. O professor da Universidade da Califórnia, e co-autor do estudo da Nature, Stephen Hubbell, quer tentar deixar a estimativa indireta um pouco mais exata e acabar com a “histeria” dos grupos de proteção aos animais, bem como criar novas políticas públicas de proteção.
“No estudo, mostramos que o método é fundamentalmente cheio de falhas. As super estimativas podem acontecer substancialmente. A maneira como as pessoas estão determinando a extinção das espécies, usando cálculos inversos, está incorreta. Mas não estamos dizendo que as taxas de extinção não existem”, disse Hubbell.
É preciso tomar cuidado e não achar que está tudo bem e que é possível degradar ainda mais a natureza. “Apesar de o método apresentar erros, nós estamos perdendo habitat mais rápido que nos últimos 65 milhões de anos. A boa notícia é que o problema pode não ser tão grande quanto parece. Mas eu não quero que esta pesquisa seja vista como complacente. Nós só ‘compramos’ um pouco mais de tempo para consertar as coisas”.[Scince20] [Hypescience]
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