Será que o orçamento pessoal no vermelho é motivo para adiar um casamento?
Esta dúvida, que pode passar pela cabeça de milhões de namorados ansiosos para se unirem em matrimônio, tem sido respondida por profissionais de várias áreas, desde economistas até psiquiatras.
Em 2004, o administrador gaúcho Gustavo Cerbasi lançou um livro que, com mais de 500 mil cópias vendidas, viria a ser um sucesso absoluto: “Casais inteligentes enriquecem juntos”.
A obra é uma espécie de manual financeiro para uma vida a dois, e defende que o dinheiro é protagonista em qualquer relação. Logo, deve ser tratado como tal desde o princípio, e é natural que influencie uma decisão importante como o casamento.
Pesquisas no Brasil e no exterior, no entanto, mostram que nem sempre a população se baseia nesse princípio. Recentemente, a empresa administradora AmeritradeTD (baseada em Omaha, Nebraska, nos EUA) perguntou a mais de mil cidadãos o seguinte: “Se o seu futuro cônjuge estiver falido, isso influencia sua decisão de se casar”? Seja por falta de escrúpulos ou confiança no futuro, 41% dos entrevistados garantiram que não.
A mesma enquete da AmeritradeTD revelou que 25% dos participantes considerariam adiar o casamento até que as contas voltassem a um nível saudável. Um terço dos pesquisados, mais radicais, afirmam que não teriam problemas em desistir de um casamento no qual o juramento “na riqueza e na pobreza” desse sinais de pender para a segunda opção.
Existe ainda outro problema: mesmo que os namorados consigam se estabelecer materialmente em uma vida conjunta, o complicado jogo entre relacionamento e dinheiro continua. Psicólogos americanos concluíram, em 2009, que atenção excessiva ao dinheiro está ligada a maiores taxas de divórcio.
O homem e a mulher no Brasil estão se casando mais tarde. A faixa etária preferida para subir ao altar, de 20 a 24 anos, está a cada ano perdendo espaço para o período de 25 a 29 anos. Este aumento também pode ser um fator na balança para a escolha.
Um casamento tardio, conforme explicam economistas, abre margem para que o cônjuge carregue consigo mais “histórico financeiro”, o que inclui pontos negativos como dívidas no cartão de crédito e o nome sujo na praça. Apesar disso, o amor ainda parece falar mais alto do que qualquer bancarrota na maior parte dos casos. [Live Science 1 e 2, Revista Veja, Portal R7] [Hypescience/Stephanie]
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