"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar em você." Nietzsche
Depois de recusar umas três ou quatro vezes, você, enfim, topou sair com o pessoal do trabalho. Em pleno sábado. Só que surgiram outras propostas bem mais legais: churrasco com o pessoal da faculdade, balada com bebida liberada por 30 reais, cerveja com um paquera. E aí, você inventa uma desculpa ou conta logo a verdade aos amigos do escritório? Se você é desses que prefere mentir, reconsidere: essas mentirinhas fazem mal à saúde.
Foi o que descobriu um grupo de psicólogos da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Eles reuniram 110 pessoas, de 18 a 71 anos, e as separaram em dois grupos. Um deles foi instruído a evitar mentiras por 10 semanas, enquanto os outros não receberam nenhuma recomendação especial. A cada sete dias, todos os voluntários tinham de ir até o laboratório para completar questionários sobre saúde e para passar por um detector de mentiras para descobrir quantas vezes haviam enganado alguém na semana.
Ao longo do teste, o grupo dos não-mentirosos mostrou uma melhora na saúde física e emocional. Quando deixavam de contar pelo menos três mentiras (importantes ou não) durante a semana, cortavam até quatro reclamações sobre tensão ou melancolia e outras três sobre dores de cabeça ou garganta. No outro grupo, quando os participantes cortavam três mentiras, relatavam até duas reclamações a menos sobre a saúde mental e uma a menos sobre problemas físicos.
Ok, segundo a pesquisa, uma vida com menos mentiras parece reduzir o estresse do dia-a-dia e evitar alguns incômodos físicos e emocionais. Mas dá mesmo para fugir das desculpinhas? Será que não daria ainda mais dor de cabeça ser sincero o tempo todo? [cienciamaluca]
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