Refinaria de Pasadena? Peanuts, diriam os americanos. Petequeiros, diria Roberto Jefferson. Merreca, diremos nós
A refinaria de Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife, foi projetada a pedido do presidente venezuelano Hugo Chávez, para processar o petróleo pesado que representa boa parte da produção da Venezuela e produzir gasolina, diesel e outros derivados para exportação.
O nome homenageia o general brasileiro José Inácio de Abreu e Lima, que lutou com Simon Bolívar, O Libertador, pela independência da América espanhola. A refinaria foi orçada em US$ 2,5 bilhões, sendo 60% investidos pela Petrobras e 40% pela PDVSA, Petroleos de Venezuela. Deveria começar a produzir em 2011.
Até hoje não processou um barril sequer de petróleo. Seu custo deve atingir US$ 20 bilhões. A PDVSA não investiu nenhum centavo: todo o investimento é da Petrobras. Tudo bem, se a PDVSA nada investiu, nenhuma parcela terá da refinaria, nem participará de seus lucros. Mas alguém poderia explicar como o custo foi de US$ 2,5 para US$ 20 bilhões?
Há o caso da refinaria japonesa Nansei Sekiyu, que a Petrobras comprou por US$ 71 milhões em 2008. Modernizou-a, ao custo de US$ 200 milhões. Agora quer vendê-la, mas não conseguiu nenhuma oferta superior a US$ 150 milhões.
John D. Rockefeller, da Standard Oil, dizia que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada; o segundo melhor negócio, uma empresa de petróleo mal administrada. A Petrobras provou que ele estava errado. [Coluna de Carlos Brickmann]
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