A reforma foi feita com base na bíblia do Rei James, que adaptou o livro para a religião anglicana
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Os tempos estão cada vez mais modernos, e a necessidade de incluir todos os grupos em patamares sociais é cada vez mais legítima – ainda bem! Os homossexuais, já se sabe, ainda são alvo de muito preconceito, embora algumas conquistas já façam parte dessa incansável luta por igualdade.
Com intenção de aproximar os grupos LGBTTTs da vida religiosa, uma versão da bíblia do Rei James (conhecido também como Jaime ou Tiago, em português) foi reformulada e agora está disponível em uma versão simpatizante.
A bíblia do rei James foi feita em meados dos anos 1600, por decisão do rei, para criar uma versão anglicana do Livro Sagrado. A edição não homofóbica, impressa no ano passado, pode ser comprada por US$ 20,82 sem o frete. A capa é branca e tem uma cruz com as cores do arco-íris na capa. Na página de compra, é possível ler algumas páginas do livro – em inglês.
Questão de interpretação
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Rei James foi uma pessoa de mentalidade mais liberal para o seu tempo, além de declaradamente bissexual. Ele se casou com uma mulher, mas teve muitos relacionamentos homoafetivos com amigos e membros da corte, o que rendeu a ele o apelido de rainha.
De acordo com os organizadores da edição, a homossexualidade só foi citada na bíblia em 1946, durante uma revisão. Não há citação alguma antes disso, apenas interpretações, o que é bem diferente. E, claro, há muitos religiosos que discordam dessa “reforma” bíblica e não acreditam nos argumentos dos editores.
Ao todo, oito versículos foram editados e expressões homofóbicas foram substituídas por outras mais neutras. A equipe editorial afirma que a nova bíblia é ideal para ser usada em casamentos, cerimônias em geral, sermões, como presentes e afins. Sem falar que ela pode ser colocada à mostra simplesmente em algum cômodo ou igreja – a capa é bastante explicativa, afinal.
Confira a seguir um versículo que foi alterado
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Coríntios 6:9-10
Como era: “Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões (...) hão de possuir o reino de Deus”.
Como ficou: “Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os moralmente fracos, nem promíscuos, nem os ladrões (...) hão de possuir o reino de Deus”.
A explicação é a de que alguns termos foram traduzidos errados do grego: malakoifoi traduzido para “efeminado”, mas significa “preguiçoso”; arsenokoitais foi traduzido como “homossexual”, mas significa “homem com muitas camas; promíscuo”. E aí, o que você acha dessa reformulação?
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