A picada da aranha armadeira brasileira, também conhecida como aranha da banana, provoca ereções nas vítimas (in)felizes
Segundo fisiologistas, o veneno da Phoneutria nigriventer é uma mistura muito rica de várias moléculas. Essas moléculas são chamadas de toxinas, e cada toxina tem uma atividade diferente. Devido a isso, quando um ser humano é picado por essa aranha, observam-se diversos sintomas, incluindo o priapismo (nos homens, claro) uma condição na qual o pênis fica ereto continuamente.
Além da dolorosa ereção que dura muitas horas, a picada da aranha armadeira pode causar perda do controle muscular, dor, dificuldade para respirar e, se não for tratada, morte devido à privação de oxigênio.
Felizmente, com anti-veneno a vítima geralmente se recupera dentro de uma semana. Tanto que as mortes causadas por esta criatura não são tão comuns. De acordo com um site mantido por Rod Crawford, curador de aracnídeos, mais de 7.000 casos autênticos de mordidas destas aranhas foram registrados, com apenas cerca de 10 mortes conhecidas.
"No Brasil, temos vários relatos de acidentes humanos envolvendo esta aranha e priapismo como um sintoma", diz a fisiologista Dra. Kenia Nunes, que recentemente publicou um estudo no Journal of Sexual Medicine sobre o veneno de aranha e seu uso potencial no tratamento de disfunção erétil. "Começamos a investigar qual parte do veneno - qual toxina - seria responsável por este sintoma. Encontramos a toxina responsável e realizamos experiências com ratos hipertensos com disfunção erétil grave. A toxina foi capaz de normalizar a função erétil destes animais. "
Depois de isolar a toxina (conhecida como PnTx2-6), Nunes e seus colegas estudaram seu mecanismo de ação e descobriram que a toxina funciona de forma diferente de outros fármacos para a disfunção erétil, como o Viagra. Isso é bom, porque é sabido que alguns pacientes não respondem ao tratamento convencional. Segundo os pesquisadores, essa poderia ser uma opção alternativa de “cura”.
Perguntada se o veneno detém quaisquer benefícios para as mulheres com disfunções sexuais, a Dra. Nunes diz que ainda não foi realizado nenhum experimento "para investigar a ação desta toxina em mulheres, no entanto, tem a intenção de fazê-lo em breve". MSN
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