quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O Eco Jeans da GAP

Entenda como a marca, que chega ao Brasil hoje, adaptou a produção de seu jeanswear para que o Denim de sempre seja também ecológico

Comprar roupas eco-friendly, ao contrário do que se imagina, não quer dizer adquirir apenas peças handmade ou camisetas feitas a partir da reciclagem de garrafas PET. Cada vez mais, marcas já estabelecidas procuram novos caminhos de produção viáveis para diminuir o impacto no meio ambiente sem blá-blá-blá de ecochato ou bandeira marqueteira. Um dos exemplos é o tratamento que a Gap dá ao jeanswear.

A lavagem do denim, que precisa de grande quantidade, de água, corante e outros produtos químicos para chegar às lojas com o tom azul que você gosta tanto, passa por rigoroso controle de qualidade. Criado em 2004, Water Quality Program, da Gap Inc... monitora a descarga de águas residuais e garante que elas sejam tratadas adequadamente antes de ser lançadas nos rios. O tratamento estabelece padrões de temperatura de água, gradações de cor e composição química, que exclui cobre e mercúrio, por exemplo - parece óbvio que isso deve ser feito? Sim, mas segundo o Planeta Vivo 2010, informe da rede WWF, 2 milhões de toneladas de águas residuais são vertidas diariamente dentro de diferentes copos d'água em todo o mundo. Pois é...


E tem mais iniciativa pró-ecologia. Nos Estados Unidos, a marca lançou a campanha Recycle Your Blues. 

Se você levasse á loja seu jeans usado, ganhava 30% de desconto numa peça nova e sua calça velha era transformada em UltraTouch, um tipo de revestimento para a construção civil que é usado principalmente em comunidades atingidas por desastres. O projeto ainda não tem previsão de chegar ao Brasil, mas a Gap inaugura a primeira loja no país hoje, no JK Iguatemi, e até o fim deste ano abre outra unidade, no Morumbi Shopping. O Rio de Janeiro, claro, também está na mira.

Em tempo: em abril deste ano, o Greenpeace divulgou relatório em que acusava a Gap de trabalhar em parceria com uma fábrica responsável por jogar produtos tóxicos no rio Citarum, na Indonésia. Sobre o caso, a empresa respondeu: "A Gap não utiliza a Gistex´sTextile Division, citada no relatório do Greenpeace, como fornecedora. E reforçamos que trabalhamos com toda a cadeia, a fim de garantir a utilização dos parâmetros Gap de qualidade, assim como seguir a legislação vigente no setor". Por Maíra Goldschmidt

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