quarta-feira, 5 de junho de 2013

Açúcar é realmente ruim para nós?

É meio óbvio que, das coisas que temos que comer pelo bem de nossa saúde, açúcar não é uma delas


Pode ser que não seja uma comida verde, mas será que é o mesmo o “vilão”, como tem sido taxado recentemente?

Nos últimos tempos, o consumo de açúcar foi culpado pelo aumento em uma série de doenças e problemas de saúde como pressão alta, doenças do coração e vícios alimentares. O açúcar já foi até comparado a um “veneno”: segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia (EUA), o açúcar contribui com cerca de 35 milhões de mortes por ano e por isso deveria ser considerado uma substância potencialmente tóxica, como o álcool e o tabaco.

Precisamos de você, açúcar

Nós na verdade precisamos de açúcar – é o combustível preferido do nosso corpo”, diz o Dr. David Katz, da Universidade de Yale (EUA). “O problema é que comemos muito”.

Existem vários tipos de açúcar, como a glucose e a sacarose. Nosso corpo adora a glucose. Nossas células a usam como fonte primária de energia – seu consumo estimula o pâncreas a produzir insulina. O cérebro percebe o aumento da substância, entende que é preciso metabolizar o que você acabou de comer e manda a mensagem que você já está satisfeito.

Alguns açúcares, como o açúcar de ocorrência natural, que dá a frutas, alguns legumes e o leite seu sabor doce, são perfeitamente saudáveis, conforme explica Katz. É com o açúcar adicionado (adoçantes colocados durante o processamento e preparação de alimentos) que precisamos tomar cuidado.

Isso significa nunca mais fazer aquele bolo de chocolate que pede uma quantidade absurda de açúcar? De acordo com Katz, não há necessidade de cortar sobremesas. O segredo é comer de forma estratégica.

Felizmente, algumas empresas do ramo alimentício estão começando a entender os problemas de saúde e de obesidade recentes, e estão dispostas a nos ajudar. Nos últimos quatro anos, algumas marcas de cereais cortaram o açúcar de seus produtos, e outros pequenos avanços foram feitos na direção de garantir que menos alimentos não saudáveis fossem disponíveis nos mercados.

Claro que, em última instância, o controle do que comemos é de responsabilidade nossa. Para não precisar desistir dos doces, Katz diz que a chave é ficar de olho e comer apenas o recomendado por dia. [CNN] [Hypescience/Nat]

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