Ao contrário de muitos seres humanos, alguns macacos são verdadeiramente fiéis aos seus companheiros
A espécie “Aotus azarae”, também conhecida como macaco-coruja, tende a ser monogâmica, de acordo com um novo estudo em primatas. A pesquisa também descobriu que os macacos são inclinados à monogamia devido a sua tendência para cuidar da prole.
“Eles vivem em pares. Assim, em um grupo, temos apenas um macho adulto e uma fêmea adulta, e ambos são fieis”, disse o autor do estudo, Maren Huck, professor da Universidade de Derby, na Inglaterra.
“Nós encontramos uma ligação entre o cuidado parental e poucos casos de traição”, complementou Huck.
Os pesquisadores já sabiam antes do estudo que os macacos-coruja eram socialmente monogâmicos, o que significa que machos e fêmeas vivem em pares. Mas, em animais, a monogamia social nem sempre é equivalente ao que os pesquisadores chamam de monogamia genética, onde as fêmeas e os machos só se reproduzem com seus companheiros.
Monogamia genética é, de fato, extremamente rara, segundo os pesquisadores.
Uma forma que os pesquisadores têm para verificar se há monogamia genética é analisando o DNA de pares de acasalamento, e verificando a paternidade da prole. No estudo, os pesquisadores analisaram as observações de campo do comportamento dos macacos junto com amostras genéticas de um total de 128 macacos, incluindo alguns que viviam em grupos, e outros solitários. O material utilizado pela equipe de investigação incluiu amostras de 35 filhotes que nasceram de 17 diferentes pares.
Os pesquisadores descobriram que ambos os macacos machos e fêmeas do estudo são fieis aos seus companheiros, que todos os filhos eram, de fato, geneticamente do mesmo pai.
Quando os machos cuidam dos filhos, isso não significa necessariamente que seus parceiros são monogâmicos. É importante analisar se todos os filhotes são do mesmo pai.
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