terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cientistas conseguem reduzir em 90% a proteína que causa o Alzheimer

Descoberta pode dar origem a novos tipos de tratamento com o uso de medicamentos já existentes

(Fonte da imagem: Thinkstock

A Doença de Alzheimer é uma das coisas mais terríveis que podem acontecer com as pessoas: ficar fisicamente saudável, mas perder a sua capacidade mental. E agora, um novo tratamento mostra uma grande promessa em atacar um alicerce fundamental da doença. Os investigadores descobriram que a eliminação de uma única enzima a partir de ratos com sintomas agressivos de Alzheimer reduziu drasticamente a produção de uma proteína estreitamente relacionada com a progressão do distúrbio. O que é mais, as funções cognitivas dos ratos melhoraram drasticamente, também

De acordo com a notícia publicada no site io9, um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio podem ter descoberto uma nova forma de tratar o Alzheimer, evitando a produção de uma proteína-chave no desenvolvimento dessa terrível doença. 

Segundo a publicação, uma das principais características do Mal de Alzheimer é a formação de pequenas placas no cérebro, compostas por proteínas chamadas peptídeos beta-amiloides — ou Aβ — que, por alguma razão, estão relacionadas com o avanço da doença e o declínio cognitivo dos pacientes. 

Bloqueio proteico 

Até bem pouco tempo atrás, não se sabia se essas proteínas realmente eram um dos fatores responsáveis por desencadear a doença ou uma característica de seu progresso. Entretanto, hoje já se sabe que essas pequenas cadeias protéicas interferem na comunicação entre os neurônios, além de enviar sinais que induzem inúmeras células a apresentar alterações em seus mecanismos biológicos e a adotar comportamentos destrutivos. 

Contudo, durante alguns experimentos com ratos, os pesquisadores descobriram que, ao eliminar um tipo específico de enzima — a JNK3 — do organismo de animais com sintomas avançados de Alzheimer, eles conseguiam reduzir a produção dos peptídeos Aβ em 90%, além de melhorar algumas funções cognitivas dos bichinhos, tudo em apenas 6 meses de tratamento. 

Além disso, os pesquisadores também descobriram que a síntese protéica é enormemente afetada pela doença e, conforme explicaram, essa descoberta permitirá que inúmeros medicamentos — já em uso para tratar outros transtornos crônicos com influências semelhantes sobre a produção de proteínas — sejam testados no tratamento do Mal de Alzheimer. 

Fontes: io9ScienceDirect e Tecmundo

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