segunda-feira, 28 de abril de 2014

Governador do Acre é grosseiro, arrogante e demagogo

Governador do Acre é grosseiro, arrogante e demagogo ao criticar São Paulo por “elitismo” e “racismo” no caso dos asilados haitianos
Tião Viana: grosseria, arrogância e demagogia que não se volta apenas contra o governo paulista, mas contra os brasileiros de São Paulo (Foto: Roosevelt Pinheiro)



Foi um espanto a atitude do governador do Acre, o petista Tião Viana, diante da contrariedade manifestada por integrantes do governo paulista pelo fato de o governo acreano estar financiado a viagem, para São Paulo, de centenas de cidadãos do Haiti que haviam acorrido ao Estado em busca de melhores condições de vida.

Viana falou em “preconceito racial” e em um suposto “processo de higienização”, referindo-se à “elite paulista” e aos “bacanas” de São Paulo.

O Acre tem sido um dos destinos de haitianos desesperados com a falta de oportunidades no país mais pobre da América Latina, que ficou ainda pior depois do grande terremoto de 2010.

A secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, diante do problema social representado por quase mil cidadãos do Haiti que chegaram à capital em poucos dias, chamou de “irresponsável” o procedimento do governo de Tião Viana ao financiar a vinda dos refugiados econômicos.
Refugiados haitianos retiram carteira de trabalho em São Paulo (Foto: André Lucas Almeida/Futura Press/Folhapress)


É um absurdo Tião Viana querer fazer política contra o governo tucano de São Paulo e, na verdade, agredir o maior Estado da Federação.

Quem é a “elite” paulista? Serão os 900 mil baianos que residem só na capital paulista?

Quem são os “bacanas”? Os milhões de nordestinos estabelecidos em São Paulo, cujo número é superior à população de vários Estados do Nordeste?

Quem são os “racistas”? Alguém entre os cerca de 46% de pardos e negros que vivem no Estado?

Viana, ao pretender obter vantagens políticas com suas declarações absurdas e infelizes, agride, na verdade, um Estado com 43,6 milhões de habitantes, construído com o ingente trabalho de migrantes vindo de TODOS os Estados brasileiros, e seus descendentes, e de imigrantes e seus descendentes provenientes de 120 diferentes países, raças, cores e culturas.

O governo de São Paulo apenas reagiu à solução fácil encontrada por Tião Viana sem qualquer aviso prévio para que houvesse preparativos para abrigar os asilados econômicos: chegou haitiano no Acre? Manda para São Paulo — a gente paga a passagem e se livra do “problema”. Ricardo Setti

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