quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pais descobrem a cura para seu bebê na internet

Bebê com menos de 5% de chance de sobrevivência, foi salvo por uma cirurgia que os pais descobriram na internet 

Pesquisando no google, os pais descobriram um tratamento arriscado realizado no útero, que envolveu a inserção de um balão na traqueia de seu filho. 


Thomas, 11 meses, precisou passar meses no hospital antes de poder respirar de forma independente  

Os médicos alertaram Lucy Hay, de 37 anos, e seu marido Stuart, 41, a esperar o pior, em abril de 2011, quando eles descobriram que seu bebê estava sofrendo de uma doença respiratória rara.

Thomas Hay foi diagnosticado com hérnia diafragmática congênita (HDC) - um buraco no diafragma que permite que outros órgãos se desloquem para a cavidade torácica, o que impede que os pulmões se desenvolvam corretamente. 
Thomas foi diagnosticado com um furo no diafragma quando ele ainda estava no útero
"Meus piores temores foram confirmados quando o ultrassonografista afirmou: O que eu estou vendo não é bem o que eu deveria estar vendo. O estômago e o fígado de Thomas foram para sua cavidade torácica porque o bebê tem um buraco em seu diafragma", disse Lucy. O bebê estava praticamente desenganado.

Em desespero, os pais percorreram a internet à procura de novos tratamentos e descobriram um procedimento pioneiro que poderia dar uma chance a Thomas. A operação, feita no útero, é chamada de Oclusão Traqueal Fetoscópica e era realizada por apenas um cirurgião na Grã-Bretanha, o Professor Kypros Nicolaides.

Os Hays voltaram a consultar seu médico, que lhes disse serem os riscos muito elevados, mas assim mesmo os encaminhou ao Hospital King College, em Londres.

Na primeira consulta com a equipe do King's College Hospital, no entanto, o casal descobriu que o tamanho relativo do pulmão de Thomas tinha diminuído tanto que suas chances de sobreviver eram inferiores a 5%. 

Visita ao hospital: Lucy e Stuart com seu filho Ben, 8, Milly, 5, visitando Thomas 
"Fomos para a primeira consulta achando que Thomas tivesse uma chance de 50 por cento de sobrevivência, mas após uma hora de consulta foi dada a notícia devastadora de que o tamanho relativo do pulmão diminuiu tanto que sua chance de sobrevivência era significativamente inferior a cinco por cento.

A equipe do Kings College Hospital nunca tinha conhecido um bebê tivesse conseguido sobreviver com o mesmo nível de problemas, sem o procedimento.

O professor Nicolaides deu à família três opções - interromper a gravidez, continuar a termo e já planejar um funeral ou uma cirurgia pioneira na tentativa de aumentar as chances do seu bebê de sobrevivência - se ele sobrevivesse à operação. 

Alívio: Thomas com seus pais
Lucy disse: "Nós decidimos ir em frente com o processo. Não havia nenhuma possibilidade de que Thomas pudesse sobreviver sem a operação e uma pequena chance de sobreviver se fizesse a cirurgia."

A cirurgia laparoscópica no bebê durou 20 minutos. Através de uma incisão na barriga da mãe, que atravessou o útero e a placenta, uma câmera foi colocada na traqueia do bebê, pela boca. Depois, o balão foi inserido e inflado nos pulmões.

Graças ao balão os pulmões de Thomas aumentaram dramaticamente de tamanho. Ele nasceu com 37 semanas, em agosto, e imediatamente os médicos inseriram um tubo através da boca de Thomas em sua traqueia para lhe fornecer oxigênio e auxiliar a respiração.

Com apenas 10 horas de idade, ele foi transferido para o Hospital Infantil Alder Hay onde um cirurgião abriu o peito de Thomas, tirou o estômago, o fígado e os intestinos da cavidade torácica e suturou sua hérnia.

Depois de meses passados ​​no hospital, com dificuldades respiratórias e infecções pulmonares, o valente menino foi capaz de respirar de forma totalmente independente e seus pais puderam levá-lo para casa. 

Thomas tinha um balão inserido em sua traquéia para forçar seus pulmões a crescer
"É extremamente gratificante quando temos uma situação em que se acredita que o bebê não vai conseguir sobreviver ao nascimento e ele consegue", disse o cirurgião Kypros Nicolaides, que realizou o procedimento. "É maravilhoso para Thomas e seus pais, mas também é ótimo para os que ajudaram isso a acontecer. 

Somente agora, com um ano de idade, Thomas parece completamente recuperado. 

Hay disse: "Nós seremos eternamente gratos a todos os médicos e enfermeiras que cuidaram de Thomas durante o ano passado e não pudemos agradecê-los o suficiente." 

A malformação ocorre em 1 a cada 3.500 gestações aproximadamente e impede o desenvolvimento dos pulmões, fazendo com que o bebê, na maioria das vezes, morra durante o parto. Felizmente para Thomas, sua história comovente teve um final feliz. 



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