sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Confissões de um Elle GIRL...

Acabei de ler essa matéria na Elle, era exatamente o que eu queria dividir com vocês... Tenho observado que a falta de personalidade no que se refere a moda... esta ficando cada vez mais comum. Pois bem quero dividir com vocês três questões que considero importantes e que vale a pena repensar. Tomem nota:
IMAGEM NÃO É TUDO:
Apesar de amar moda e ter uma queda por tudo que envolve estética (artes, decoração, arquitetura, joalheria etc.), cresci sabendo que não se julga um livro pela capa. A frase clichê, dita por uma professora da 3 série, nunca saiu da minha cabeça e continua mais viva do que nunca. Afinal de contas, quantas pessoas você conhece que têm o look mais moderno do mundo e as opiniões mais racionárias da Terra? Ou vice-versa. Muitas vezes, aliás, a imagem é manipulada para servir como uma espécie de escudo, escondendo justamente o que você é. E confundindo o interlocutor. Sim, é verdade que a moda é uma linguagem não verbal, cheia de signos. Mas você precisa ir além da observação superficial para entender que a matemática fashion não se resume a "dois mais dois é igual a quatro". Roupas são usadas para comunicar, não necessariamente a verdade. E não necessariamente estão ligadas á primeira imagem que nos vem á cabeça. Ás vezes, usamos um salto alto só porque gostamos. Ou porque achamos que determinada roupa cai melhor com ele. Não porque somos baixinhas e temos problemas de autoestima. O mesmo vale para o batom vermelhor, sempre associado á sedução. Quem quer ler a moda precisa avançar no vocabulário e ter sensibilidade suficiente para perceber que o visível nem sempre é óbvio.
O "NOVO" NOVO..
Outra coisa divertida de constatar? A cada estação, somos convencidas de que a cor X é a nova cor Y. Um jeito de simplificar as coisas e deixar claro para as mulheres que agora elas "precisam" de uma peça  determinada. Reza a lenda que a história começou com Diana Vreeland e sua sentença de que "o pink era o marinho da Índia". A frase teria inclusive inspirado o musical Funny Face, com Andrey Hepburn. E o que seria o novo pink hoje? O laranja, com certeza. Recentemente, fui a um lançamento com uma saia dessa cor e encontrei duas outras pessoas também de laranja, e mais uma arara inteira de roupas cenoura. No dia seguinte, outra fashionista soltou: "O amarelo é o novo laranja". Em Londres, está todo mundo usando". É, a moda tem esse probleminha. Se você bobear, fica parecendo integrante de torcida uniformizada. Se bobear ainda mais, está sempre atrasada. A solução? Não levar muito a sério a ditadura do novo. Use se gostar (e principalmente se combinar com você).
NA PRATELEIRA...
E, por falar em Diana Vreeland, uma boa notícia para as estantes do Brasil. A editora Cosac Naify lança neste mês o livro Allure, escrito por Diana e Christopher Hemphill, que por aqui, ganhou o nome de Glamour, nesses casos de tradução que ninguém explica. Publicado originalmente nos anos 1980, a reedição tem prefácio de Marc Jacobs e traz fotos de personagens como Marilyn Monroe e Maria Callas, mulheres com o tal "allure", palavra francesa usada para designar quem tem porte, elegância, presença. Coisa cada vez mais rara!!!

Por Renata Piza.

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