Técnica que utiliza laser melhora esteticamente a vagina, mas especialistas recomendam quando há necessidade fisiológica
As mulheres perderam a vergonha e estão correndo atrás de reparar uma área do corpo que não é exibível como uma barriga sarada ou um seio siliconado. A busca de mulheres jovens pelas cirurgias de ''rejuvenescimento íntimo'' é crescente e chama atenção até de especialistas. Matéria publicada pela Folha de São Paulo, recentemente, aponta que nos Estados Unidos já foram feitas mais de 1,5 mihão de cirurgias íntimas, no Reino Unido o número chega a 1,2 milhão e no Brasil houve um crescimento de 50% neste tipo de cirurgia nos últimos dois anos.
A técnica tem algumas indicações médicas, mas observa-se que nem sempre o procedimento é realizado por uma necessidade fisiológica da paciente. O professor titular do Departamento de Tocoginecologia do setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, Almir Antonio Urbanetz, explica que a cirurgia íntima tem duas indicações - uma delas é quando a mulher apresenta incontinência urinária e outra quando há hipertrofia dos lábios genitais, o que dificulta a atividade sexual.
Conforme ele, o envelhecimento da genitália é um fenômeno fisiológico. ''Cerca de quinze ou vinte anos após a menopausa é comum a atrofia tanto da vulva quanto da vagina'', afirma Urbanetz. Ele acrescenta que isso pode prejudicar a relação sexual, mas a utilização de hormônios ou cremes vaginais trazem um bom resultado para a questão. ''A cirurgia não é a única saída, estes cremes solucionam o problema e qualquer ginecologista pode orientar'', complementa.
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