A American Airlines foi condenada na Justiça por submeter seus funcionários locais a interrogatórios utilizando um detector de mentiras (polígrafo)
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, com sede em Brasília, determinou o pagamento de R$ 1 milhão em indenização por dano moral coletivo. O valor será destinado a instituições beneficentes.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, autor da ação, a empresa fazia o teste em trabalhadores de áreas capazes de comprometer a segurança, como o embarque.
Segundo uma testemunha, as perguntas feitas lembravam as do questionário do visto americano, como consumo de álcool ou drogas ou os antecedentes criminais. Se o funcionário não respondesse, era locado em outra área.
O desembargador João Amílcar, no acórdão, apontou que o instrumento é falível, “com elevado potencial de tornar-se elemento de discriminação”. Ele cita que, nos EUA, está estabelecida a sua falta de confiabilidade, inclusive como prova judicial.
Ele afirmou ainda que o interrogatório viola a intimidade e que, mesmo que ignorada a ineficiência do método, não se pode obrigar alguém a criar prova contra si mesmo.
À Folha a American afirmou que “não comenta questões de segurança ou pessoal”. [Folha.UOL]
Nenhum comentário:
Postar um comentário